Polícia
11/01/2013 10:28:46
Justiça do RJ suspende processo contra Thor por homicídio culposo
A defesa de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, obteve nesta quinta-feira (10) uma liminar na Justiça que suspende o processo a que Thor responde por ter atropelado e matado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos em março de 2012.
G1/HJ
Imprimir
\n \n A\n defesa de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, obteve nesta\n quinta-feira (10) uma liminar na Justiça que suspende o processo a que Thor\n responde por ter atropelado e matado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos em\n março de 2012.
De acordo com o advogado Márcio Thomaz Bastos, a liminar\n proporciona igualdade de condições às partes, já que durante o último\n julgamento a perícia apresentou documentos que a defesa não teve acesso.\n \n O\n perito apresentou um laudo onde ele chuta uma velocidade e entregou para o\n Ministério Público uma porção de documentos que a gente não conhecia. Nós fomos\n surpreendidos por isso na última audiência, onde o Thor seria interrogado. Ele\n se recusou a falar e a gente entrou com esse habeas corpus para anular isso\n tudo e voltar o processo para o começo, para fazer um laudo correto",\n afirmou Bastos, destacando que a defesa de Thor possui um perito contratado\n para analisar a perícia oficial, mas que não possuía material para examinar\n antes desse último julgamento. "O perito oficial colocou nos autos duas\n páginas, era o resultado de uma perícia. Ele sonegou, retirou do nosso\n conhecimento todo o resto.\n \n Ainda\n de acordo com a defesa, todos e os mais confiáveis critérios foram usados para\n identificar a que velocidade Thor estava quando atropelou o ciclista. "As\n circunstâncias do caso mostram que ele não tinha nenhuma culpa, afirmou\n Bastos.\n \n Na\n decisão, o desembargador Antônio Carlos dos Santos Bitencourt afirma que se\n baseou no princípio da paridade de armas, onde são concedidas oportunidades\n iguais às partes. "Nessa paridade, o direito à prova e contraprova, que,\n em princípio, e por mero juízo delibatório, suspeite-se violado, razão porque\n defiro a liminar de suspensão do processo a que se refere a impetração, sendo\n partes o paciente e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, até o\n julgamento do mérito do habeas corpus ora impetrado", disse o\n desembargador.\n \n De\n acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o processo\n está suspenso até o julgamento do habeas corpus.\n \n Thor permaneceu calado em audiência
\n Em dezembro de 2012,\n data da última audiência, a defesa de Thor já havia informado que pediria\n cancelamento da audiência realizada na 2ª Vara Criminal devido à "prova\n inesperada" anexada aos autos nesta tarde. Mais cedo, depois da juíza\n Daniela Barbosa de Souza Assumpção ouvir o perito do Instituto de Criminalística\n Carlos Éboli (ICCE) Helio Martins Junior, os advogados de defesa pediram duas\n horas para estudar essa chamada "prova inesperada", como elesnbsp;\n classificaram o laudo que conclui que Thor dirigia a 135 km/h no momento do\n atropelamento.\n \n "Foi\n um documento novo, o laudo pericial oficial, que o MP tinha acesso há muito\n tempo, mas nao constava nos autos. Já tínhamos pedido cálculo da velocidade. A\n defesa foi cerceada. Nunca vi um documento ser apresentado no dia da\n audiência", disse Celso Vilardi, advogado de Thor Batista.\n \n Orientado\n pela defesa, Thor permaneceu calado durante toda a audiência. "Ele [Thor]\n ficou em silêncio porque não concordávamos com este documento anexado somente\n hoje [no dia 13 de dezembro, data da audiência]", explicou Vilardi.
\n
\n No dia 12 de setembro, data da primeira audiência do caso, testemunhas de\n acusação e defesa deram depoimentos contraditórios em relação à velocidade em\n que o estudante Thor dirigia no momento do acidente.\n \n \n \n \n
De acordo com o advogado Márcio Thomaz Bastos, a liminar\n proporciona igualdade de condições às partes, já que durante o último\n julgamento a perícia apresentou documentos que a defesa não teve acesso.\n \n O\n perito apresentou um laudo onde ele chuta uma velocidade e entregou para o\n Ministério Público uma porção de documentos que a gente não conhecia. Nós fomos\n surpreendidos por isso na última audiência, onde o Thor seria interrogado. Ele\n se recusou a falar e a gente entrou com esse habeas corpus para anular isso\n tudo e voltar o processo para o começo, para fazer um laudo correto",\n afirmou Bastos, destacando que a defesa de Thor possui um perito contratado\n para analisar a perícia oficial, mas que não possuía material para examinar\n antes desse último julgamento. "O perito oficial colocou nos autos duas\n páginas, era o resultado de uma perícia. Ele sonegou, retirou do nosso\n conhecimento todo o resto.\n \n Ainda\n de acordo com a defesa, todos e os mais confiáveis critérios foram usados para\n identificar a que velocidade Thor estava quando atropelou o ciclista. "As\n circunstâncias do caso mostram que ele não tinha nenhuma culpa, afirmou\n Bastos.\n \n Na\n decisão, o desembargador Antônio Carlos dos Santos Bitencourt afirma que se\n baseou no princípio da paridade de armas, onde são concedidas oportunidades\n iguais às partes. "Nessa paridade, o direito à prova e contraprova, que,\n em princípio, e por mero juízo delibatório, suspeite-se violado, razão porque\n defiro a liminar de suspensão do processo a que se refere a impetração, sendo\n partes o paciente e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, até o\n julgamento do mérito do habeas corpus ora impetrado", disse o\n desembargador.\n \n De\n acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o processo\n está suspenso até o julgamento do habeas corpus.\n \n Thor permaneceu calado em audiência
\n Em dezembro de 2012,\n data da última audiência, a defesa de Thor já havia informado que pediria\n cancelamento da audiência realizada na 2ª Vara Criminal devido à "prova\n inesperada" anexada aos autos nesta tarde. Mais cedo, depois da juíza\n Daniela Barbosa de Souza Assumpção ouvir o perito do Instituto de Criminalística\n Carlos Éboli (ICCE) Helio Martins Junior, os advogados de defesa pediram duas\n horas para estudar essa chamada "prova inesperada", como elesnbsp;\n classificaram o laudo que conclui que Thor dirigia a 135 km/h no momento do\n atropelamento.\n \n "Foi\n um documento novo, o laudo pericial oficial, que o MP tinha acesso há muito\n tempo, mas nao constava nos autos. Já tínhamos pedido cálculo da velocidade. A\n defesa foi cerceada. Nunca vi um documento ser apresentado no dia da\n audiência", disse Celso Vilardi, advogado de Thor Batista.\n \n Orientado\n pela defesa, Thor permaneceu calado durante toda a audiência. "Ele [Thor]\n ficou em silêncio porque não concordávamos com este documento anexado somente\n hoje [no dia 13 de dezembro, data da audiência]", explicou Vilardi.
\n
\n No dia 12 de setembro, data da primeira audiência do caso, testemunhas de\n acusação e defesa deram depoimentos contraditórios em relação à velocidade em\n que o estudante Thor dirigia no momento do acidente.\n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias