Sheila Forato
ImprimirO jovem Julio Cesar de Lima Oliveira, de 18 anos, mais conhecido como “Julim”, também seria um dos alvos da operação Ares, desencadeada na semana passada em Coxim. Conforme a Polícia Civil, ele era disciplina de uma facção criminosa.
O disciplina é uma espécie de síndico de determinada região. No caso de Julim, a investigação apontou que ele era disciplina de bairro. Era ele o responsável pela ordem entre traficantes e usuários para não chamar a atenção da polícia.
A operação Ares, deflagrada para combater o tráfico de drogas, levou 18 pessoas para a prisão. De acordo com a Polícia Civil, um adolescente foi apreendido, assim como armas, sendo dos revólveres e uma espingarda.
Julim e o colega Anderson da Silva Barbosa, de 24 anos, morreram na noite de 24 de agosto, na Vila Bela, em Coxim. Eles morreram em decorrência de confronto com a Força Tática. Os dois chegaram a ser socorridos pelos policiais, mas não resistiram aos ferimentos e morreram ao dar entrada no Hospital Regional Álvaro Fontoura.
Segundo a Força Tática, ambos estavam numa motocicleta e empreenderam fuga ao avistar a viatura da Força Tática, logo em seguida eles começaram a atirar contra a guarnição. Os militares revidaram e acabaram atingindo os dois, que estavam numa Honda Fan.
A família contesta a versão da polícia. Na época dos fatos o Edição MS tentou ouvir familiares dos dois jovens. Eles chegaram a marcar entrevista, mas não compareceram. Entretanto, fazem uma campanha nas redes sociais pedindo Justiça.