Sexta-Feira, 31 de Outubro de 2025
Polícia
30/10/2025 10:04:00
Operação mira principal chefe do PCC foragido, agiotas e influenciadores
Justiça bloqueou imóveis de luxo e decretou nove prisões preventivas. Um suspeito morreu e um policial ficou ferido durante um confronto.

G1/PCS

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Operação mira esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas (SP) e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar deflagraram, nesta quinta-feira (30), uma operação que mira um esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil.

Entre os alvos estão integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), empresários, agiotas e influenciadores digitais.

Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto entre policiais e um dos investigados. O suspeito morreu no local, e um policial militar foi baleado e encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, onde recebe atendimento médico.

Os principais nomes mencionados nas investigações são Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, “Xixi” ou “2X”, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”, que não é alvo de prisão nesta operação. Os dois estão foragidos há anos e são considerados entre os mais procurados do país.

Foram emitidos nove mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas, incluindo o bloqueio de 12 imóveis de luxo e de valores em contas bancárias.

Eduardo Magrini, conhecido como 'Diabo Loiro', apontado como membro importante do PCC

As buscas são em condomínios de alto padrão de Campinas, como Alphaville, Entreverdes, Jatibela e Swiss Park, entre outros. Os mandados também serão cumpridos ao longo da manhã em Mogi Guaçu (SP) e Artur Nogueira (SP).

Desdobramento de outras operações

A ação desta quinta é um desdobramento das operações “Linha Vermelha” e “Pronta Resposta”, que desarticularam em agosto um plano do PCC para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, em Campinas.

A partir da análise do material apreendido nessas ações, promotores e policiais descobriram novos esquemas criminosos que conectavam empresários e traficantes.

A investigação mostrou que os criminosos realizaram diversas transações financeiras para disfarçar a origem do dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, utilizavam diferentes estratégias, incluindo o uso de empresas e atividades aparentemente lícitas para lavar os valores ilícitos.

Em certo momento, surgiram brigas e desentendimentos entre os integrantes do grupo. Foi nesse período que eles fizeram várias transações de imóveis e movimentações financeiras para espalhar o patrimônio e esconder quem eram os verdadeiros donos e de onde vinha o dinheiro, e essas operações acabaram sendo descobertas pelo Ministério Público.

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