Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Polícia
23/06/2018 08:45:00
Padrasto acerta murro na boca de bebê ao tentar agredir esposa no Senhor Divino, em Coxim

Sheila Forato

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Foto: PC de Souza

Agredir uma mulher é uma das atitudes mais covardes que um homem pode ter, principalmente por conta da diferença da força física entre ambos. Agora, imagine um homem que agride uma mulher com uma criança no colo? E quando o murro acerta a boca da bebê, de apenas um ano e nove meses?

Foi o que aconteceu na manhã deste sábado (23), numa residência da rua Coxim, no Bairro Senhor Divino, em Coxim. Na tentativa de agredir a esposa, V.B.G., de 24 anos, David Ferreira Alves, de 24 anos, acertou um murro na boca da criança, que ele prometeu proteger, educar e dar amor ao assumir uma relação com a mãe, há cinco meses.

Promessas não cumpridas, pois há cinco meses “V” vive um inferno ao lado do agressor. Ela vem tentando se separar há dias, na verdade desde a primeira agressão, mas tem vivido sob tortura psicológica. Nesta sexta-feira (22) ele decidiu sair da casa, mas, David chegou em casa alcoolizado e começou a torturar a mulher.

Ela contou que o marido a proibiu até de ir ao banheiro. Armado com um cabo de vassoura, ele ameaçava “V” a todo instante. Diante da situação, a mulher decidiu falar da separação no dia seguinte, quando o marido tivesse sóbrio. Foi quando ele desferiu um soco contra seu rosto, pegando de raspão no olho e atingindo a boca da bebê.

Segundo a esposa, é a terceira vez em apenas cinco meses que ela é agredida. Numa delas chegou a ficar toda ensanguentada, mas não denunciou atendendo a pedido da família do marido. Entretanto, desta vez “V” está decidida, tanto que, com ajuda de terceiros, acionou a Polícia Militar, que encaminhou vítimas e agressor para a delegacia de Polícia Civil.

O caso será entregue a DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher), que deve conseguir uma medida protetiva para a vítima. Na delegacia, David tentava minimizar a situação, cheio de contradições. São tantas contradições que o jovem, negro, tem tatuado em sua pele a suástica, símbolo do nazismo, que tanto defendia a hierarquia racial.

O jovem disse que não sabia o significado do símbolo, justificou que achou bonito e mandou tatuar. Quando aos crimes que cometeu – tortura, agressão e lesão corporal – ele disse que espera ficar preso para poder ficar sozinho. Lamentamos David, mas, caso você fique preso, vai ter de dividir uma cela com muitos “coleguinhas”.

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