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Polícia
27/04/2017 10:12:00
Padrasto acusado de matar menino Joaquim é preso na Espanha

G1/LD

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O padrasto do menino Joaquim, Guilherme Longo, acusado de matar a criança em 2013, foi preso em Barcelona, na Espanha, nesta quinta-feira (27), pela Polícia Internacional (Interpol). Segundo o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino, a prisão foi realizada por volta das 6h.

Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foi encontrado morto no Rio Pardo, em Barretos (SP), em novembro de 2013, depois de desaparecer de sua casa em Ribeirão Preto (SP).

Acusado pela morte, o padrasto do menino estava foragido desde setembro de 2016, sete meses após conseguir um habeas corpus e deixar a penitenciária 2 de Tremembé (SP).

O advogado de defesa de Guilherme Longo, Antônio Carlos de Oliveira, disse que soube, por meio da família do acusado, que ele foi preso na Espanha e deve chegar ao Brasil em dois dias. Segundo ele, Longo será encaminhado diretamente para Tremembé (SP), onde já esteve preso, sem passar por Ribeirão Preto.

Ele nega ter mantido contato com Longo desde o ano passado e diz desconhecer como o acusado viajou para a Europa. "As circunstâncias da prisão, como ele deixou o Brasil e entrou na Espanha, eu não tenho essa informação", disse.

O caso

O corpo de Joaquim foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP), em novembro de 2013, cinco dias após o menino desaparecer da casa onde morava com a mãe, o padrasto e o irmão, no Jardim Independência, em Ribeirão.

A Polícia Civil concluiu que o padrasto matou o menino, que sofria de diabetes, com uma alta dose de insulina, e jogou o corpo em um córrego próximo à residência da família. Longo foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) emitido na época da morte do garoto apontou ausência de água no organismo, o que descartaria a suspeita de afogamento, mas não identificou outras substâncias.

Em liberdade, a mãe do menino, Natália Ponte, é acusada de ter sido omissa em relação à segurança do filho, por saber que Longo era agressivo e havia voltado a usar drogas na época da morte do garoto.

Preso em Tremembé (SP) desde janeiro de 2014, Longo obteve um habeas corpus da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que considerou excessivo o prazo do processo.

A liberdade provisória, no entanto, estava sujeita a obrigações, como o comparecimento à Justiça periodicamente, e a proibições, como deixar a cidade. Ele também deveria ter permanecido em recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga de trabalho.

Todas as testemunhas do caso já foram ouvidas pela Justiça, que deve definir se o caso vai a júri popular.

Durante o tempo em que Longo esteve foragido, o promotor de eventos Arthur Paes, pai da criança, espalhou outdoors para tentar localizar o acusado.

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