A pedido do MPF (Ministério Público \n Federal), a Polícia Federal retomou as investigações da morte da \n indígena Oziel Gabriel, 35 anos, ocorrida em maio do ano passado durante\n confronto com policiais federais e militares na Fazenda Buriti, situada\n em Sidrolândia, distante 71 quilômetros da Capital.
De acordo com o superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, Edgar \n Paulo Marcon, o inquérito concluído em dezembro do ano passado foi \n analisado pelo MPF que pediu novas diligências na área para que a ordem \n cronológica dos fatos seja esclarecida.No inquérito de 2,1 mil \n páginas, a PF não indicou o responsável pelo disparo que matou Oziel, \n tudo porque o projétil que atingiu o índio nunca foi encontrado. Ainda \n segundo o superintendente, detalhes sobre o reinício da apuração não \n serão divulgados até o fim das ações, que não têm prazo para ser \n concluídas.O advogado dos terena, Luiz Henrique Eloy, explica que\n os índios não foram avisados sobre o reinício das apurações. No \n entanto, o MPF já havia comunicado os índios, em março deste ano, que \n iria pedir a retomada da apuração.No último dia 30 de maio, \n quando a morte de Oziel completou 1 ano, indígenas vieram a Campo Grande\n e protestaram pela reabertura das apurações em busca de Justiça.Caso –\n Oziel morreu no dia 30 de maio do ano passado depois de ser atingido \n por um disparo na região do abdômen. Ele foi socorrido até o Hospital \n Municipal de Sidrolândia, mas morreu logo após dar entrada na unidade.Na\n época, policiais federais, da antiga Cigcoe (Companhia Independente de \n Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) - hoje transformada em \n Bope – e policiais militares de municípios vizinhos participaram da \n ação. A ordem de reintegração de posse foi expedida pela Justiça depois \n que o prazo de 15 dias para a saída dos indígenas expirou.