Estadão/PCS
ImprimirO presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, acaba de se apresentar na sede da Polícia Federal, no centro do Rio. Ele se juntou aos deputados Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do PMDB, que já haviam se apresentado. Albertassi se apresentou minutos após a decisão, e Melo por volta das 15h40. O trio será levado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e logo após encaminhado à Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para cumprir prisão preventiva.
Picciani chegou às 16h32 e foi o último a se apresentar. Albertassi se apresentou assim que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), no Rio, determinou o restabelecimento da prisão dos três deputados, e Melo chegou ao local por volta das 15h40.
Os três deputados vieram em carros particulares, entraram diretamente no estacionamento da PF e não deram declarações.
O relator do caso, Abel Gomes, argumentou que o alvará de soltura, determinado em votação entre os deputados da Alerj na última sexta-feira, 17, não passou pelo tribunal. “O ato de revogação da prisão só poderia ser expedido por órgão competente, o Judiciário, que portanto somos nós. Por óbvio, só expede alvará de soltura quem expede alvará de prisão”, sustentou o desembargador.
Abel Gomes afirmou ainda que a ação foi uma “completa violação à Constituição”. “Até este momento, não recebi nenhum ofício da Alerj, sequer citando o resultado da votação para que o TRF pudesse adotar as providências”, disse. Outros quatro desembargadores seguiram o entendimento do relator.