Domingo, 14 de Setembro de 2025
Polícia
22/07/2014 08:54:25
PMs suspeitos de morte no Sumaré são esperados para novo depoimento
Os dois policiais militares acusados de matar o adolescente no Sumaré, na Zona Norte do Rio, devem depor novamente na Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso, nesta terça-feira (22).

G1/LD

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Os dois\n policiais militares acusados de matar o adolescente no Sumaré, na Zona Norte do\n Rio, devem depor novamente na Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso,\n nesta terça-feira (22). O delegado Rivaldo Barbosa considera crucial esses\n depoimentos para esclarecer pontos que ainda continuam obscuros nesta\n investigação.\n \n Ele quer\n saber o que houve com as imagens das câmeras de segurança do carro da PM, já\n que o vídeo para, por cerca de 10 minutos, justamente no momento em que os\n jovens são retirados do carro. O delegado quer saber ainda onde está o terceiro\n jovem detido, que foi liberado no meio do caminho e depois pegou uma carona com\n os policiais.\n \n Os cabos\n Fábio Magalhães Ferreira e o Vinícius Lima Vieira estão presos no Batalhão\n Especial Prisional (BEP) da PM, em Benfica, no Subúrbio. O advogado dos\n policiais não quis comentar o caso. A PM disse em nota que as imagens das\n câmeras dos carros da corporação ficam armazenadas por 60 dias, mas que são\n analisadas por amostragem.\n \n A ação
\n No dia 11 de junho, os policiais realizavam um patrulhamento na Avenida\n Presidente Vargas, uma das principais do Centro, onde procuravam por dois\n menores de idade que estariam cometendo assaltos na região. Encontraram\n primeiro um, dirigiram por mais um tempo e acharam o segundo. Guardas\n municipais que estavam próximos à cena trouxeram outra pessoa, um jovem de\n camisa preta.
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\n Eles, então, decidiram que levariam os três "lá para cima",\n referindo-se ao Morro do Sumaré, no Parque Nacional da Tijuca, Zona Norte. Às\n 10h20, eles param pela primeira vez e provocam os jovens, seguindo com o carro\n para um pouco mais à frente. Às 10h27, um dos homens sai do carro e leva o jovem\n de camisa preta, deixando os outros dois menores, acusados de cometer assaltos,\n na caçamba da viatura. Eles são chamados no rádio do carro, mas ninguém\n responde. Às 10h32, o vídeo é interrompido, com a câmera voltando a funcionar\n apenas dez minutos depois.Nesse meio tempo, os policiais haviam matado Matheus\n de Souza, de 14 anos, e atirado duas vezes contra outro menor, de 15 anos. O\n rapaz, que sobreviveu aos disparos, contou que só escapou porque se fingiu de\n morto, após ter sido baleado nas costas e na perna.\n \n O\n promotor de Justiça Homero Freitas acredita que, ao cometer o crime, os\n policiais tinham certeza da impunidade: "Eles não contavam que o outro\n jovem que levou os tiros permanecessem vivos. Eles tinham certeza que ninguém\n saberia de nada", avalia o promotor.\n \n As\n investigações da Polícia Civil vão se focar agora em como as câmeras foram\n desligadas. Os policiais já receberam uma pena de prisão administrativa, por\n suspeita de envolvimento no homicídio.
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