\n Foram quase cinco anos para montar o quebra-cabeça. Na semana passada, o delegado titular de Coxim, Bruno Henrique Urban, colocou a última peça: a confissão de falsa comunicação de sequestro da suposta vítima. Agora, F.Z., de 32 anos, vai responder por falsa comunicação de crime e apropriação indébita. Nestes casos, se for condenado, o autor pode pegar até quatro de prisão, segundo o delegado. Em novembro de 2007, F.Z. entrou em contato com familiares e disse que havia sido sequestrado e que a camionete de seu avô, uma GM S-10, havia sido levada pelos sequestradores. A Polícia Civil começou a investigar e em 10 dias recuperou a camionete, descobrindo que a suposta vítima de sequestro tinha trocado a mesma por drogas, em Campo Grande. De acordo com o delegado, a camionete foi encontrada no Jardim Carioca. Antes de trocar a camionete por drogas, F.Z. deu um celular, de última geração, na boca de fumo. Insatisfeito, o usuário resolveu trocar a camionete. Os bandidos cumpriram parte do acordo, deixaram F.Z. se drogando por um dia e meio, mas não voltaram com o restante da droga. Foi quando o usuário deixou o local e entrou em contato com familiares. Na época, F.Z. informou que havia sido abordado numa estrada vicinal de Coxim por quatro homens, que estavam num VW Gol de Campo Grande. Desde o início a polícia desconfiava da versão, pois imagens de um posto de combustíveis de Coxim mostram a suposta vítima abastecendo tranquilamente à camionete no dia do “sequestro”. Conforme o delegado, ao tomar conhecimento do trabalho da Polícia Civil, F.Z. confessou a falsa comunicação de crime. O nome do autor foi preservado pelo delegado. \n \n