\n \n A Polícia Civil de São Paulo disse ter levantado indícios concretos de que o\n executivo Marcos Kitano Matsunaga, 42, que foi morto e teve o corpo esquartejado,\n traía a mulher. Elise Ramos Kitano Matsunaga foi presa na noite desta\n segunda-feira (4) apontada como suspeita do crime ela ainda não foi ouvida\n formalmente, mas nega qualquer participação. \n \n O corpo dele diretor-executivo da Yoki, uma das maiores empresas do ramo\n alimentício do país foi esquartejado e, ao longo das últimas semanas, as partes\n foram desovadas em cidades da Grande São Paulo, principalmente em Cotia. O empresário havia\n desaparecido em 20 de maio. \n \n "Tudo indica que seja um crime passional", disse o delegado Jorge\n Carrasco, chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que\n investiga o caso. \n \n Ele disse que Matsunaga era colecionador de armas e, após seu desaparecimento,\n Elise entregou à Guarda Municipal de Cotia algumas armas que pertenciam a ele\n para que fossem destruídas. Entre elas estava uma de calibre 7.65, idêntico ao\n usado nos disparos que atingiram a vítima. \n \n Carrasco disse também que no apartamento do casal existem várias geladeiras,\n "um número acima do normal", que estão sendo periciadas. A polícia\n acredita que as partes do corpo de Matsunaga ficaram em algum tipo de\n refrigerador antes de serem jogadas em Cotia. \n \n A polícia também encontrou no imóvel sacos de lixo azuis do mesmo modelo\n usado para embalar as partes do corpo da vítima, e apurou que uma babá foi\n dispensada um dia antes do desaparecimento do patrão. \n \n Segundo o delegado, ela costumava ficar no apartamento do casal nos finais\n de semana para cuidar de duas meninas uma de outro casamento de Marcos e a\n segunda, de um ano, filha dos dois. \n \n A polícia analisou imagens de câmeras de segurança do prédio e notou que\n Marcos aparece no sábado (19), por volta das 19h30, quando desceu até a\n portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa encontrada pela\n polícia próximo dos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados. "O\n fato é que ele entrou no apartamento vivo e de lá não saiu", disse\n Carrasco. \n \n Os peritos que analisaram as partes do corpo afirmam que os cortes foram\n feitos com extrema precisão. A polícia afirma que Elise, que tem curso técnico\n de enfermagem, é beneficiária de um seguro de vida feito recentemente pelo\n executivo, no valor de R$ 600 mil. \n \n Ela foi presa com um mandado de prisão temporária, de cinco dias, mas a\n polícia afirma que pode pedir à Justiça uma prorrogação.