\n \n A\n Polícia Civil de São Paulo pediu nesta quarta-feira (14) à Justiça a prisão\n preventiva dos cinco policiais militares detidos por suspeita de executarem a\n tiros o servente de pedreiro Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, no último\n sábado (10) na Zona Sul da capital.\n \n A\n informação sobre o pedido de prisão preventiva foi confirmada ao G1\n pelo delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de\n Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso. "O\n departamento fez o pedido nesta quarta à Justiça. Agora é aguardar a decisão do\n juiz, que irá analisar o pedido para saber qual será o seu\n posicionamento", afirmou o delegado.\n \n Procurada,\n a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP) informou que até\n as 13h o pedido não havia chegado ao Departamento de Inquéritos Policiais\n (Dipo), no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital.
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\n Caso a Justiça concorde com o pedido de prisão preventiva da polícia, os PMs\n terão de ficar presos até um eventual julgamento. Além do inquérito criminal,\n eles também respondem a um processo administrativo na Polícia Militar.
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\n Atualmente, o tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson\n Henrique, Diógenes Marcelino de Melo, Marcelo de Oliveira Silva e Jailson\n Pimentel de Almeida estão detidos disciplinarmente na Corregedoria da PM desde\n domingo (11), quando o Fantástico divulgou um vídeo de um cinegrafista amador\n que mostra parte da ação policial. A corporação também deverá pedir a Justiça\n Militar a prisão temporária dos suspeitos para que eles sejam levados ao\n presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na Zona Norte.\n \n Execuções
\n O\n DHPP ainda investiga a participação dos cinco policiais militares em outra\n morte, a do ajudante de pedreiro Gefferson Oliveira Soares do Nascimento, 23\n anos. Existe a suspeita de que ele estava junto com Paulo e também tenha sido\n executado pelos PMs.
\n Nos dois casos mencionados acima, os policiais alegaram que as vítimas estavam\n em atitude suspeita e reagiram a aproximação da PM, atirando contra a\n guarnição. A dupla estava num carro no Campo Limpo. Familiares de Paulo e de\n Gefferson disseram à equipe de reportagem que os dois tinham sido ameaçados por\n policiais duas semanas antes do crime.
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\n Segundo o DHPP, o soldado Marcelo de Oliveira Silva atirou duas vezes contra\n Paulo. A primeira foi quando o servente já estava detido e estava atrás do carro\n da polícia. O segundo tiro foi dado na sequência, quando o homem tentou correr.\n Após ser colocado no carro, o servente foi atingido pelo terceiro disparo,\n feito por Jailson Pimentel de Almeida.\n \n No\n vídeo, a testemunha flagra o momento em que Paulo é retirado de dentro de uma\n casa. Um tiro é ouvido no momento em que ele é colocado em um carro da polícia.\n Ao registrar a ocorrência, os policiais alegaram que abordaram suspeitos em um\n carro roubado, houve troca de tiros e o corpo do servente foi encontrado depois\n em uma viela.
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\n O que diz a defesa
\n O advogado José Miguel da Silva Júnior disse que o tenente Halston Kay Yin\n Chen e o soldado Francisco Anderson Henrique negaram ter participado da\n execução. Apesar disso, os dois policiais foram indiciados na terça-feira (13)\n por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
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\n A equipe de reportagem não conseguiu localizar os advogados dos outros\n policiais militares suspeitos dos crimes para comentar o assunto.\n \n \n \n \n