Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
Polícia
31/03/2021 10:29:00
Polícia suspeita de que mulher mantida como escrava em MS tenha sofrido abuso sexual

Midiamax/LD

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul suspeita que a mulher mantida como escrava em uma residência no bairro Jardim Tijuca tenha sofrido abuso sexual. Ela chegou em Belo Horizonte na última segunda-feira (29) e logo já foi levada a um hospital, onde foi internada com desnutrição.

A delegada Joilce Ramos que acompanhou o caso em Campo Grande disse ao Jornal Midiamax que há suspeita de que a mulher tenha sofrido abuso sexual, que agora esse fato deve ser investigado pela Polícia Federal do estado onde a vítima mora.

Ainda de acordo com a delegada, a mulher negou qualquer indício de gravidez afirmando que sempre teve barriga inchada. A delegada ainda fez um agradecimento ao casal que encontrou a mulher na rua e a ajudou a buscar socorro na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A passagem aérea que permitiu que a mulher voltasse para seu estado foi comprada pela própria delegada que se compadeceu da história.

A mulher chegou à Minas Gerais ainda na manhã de segunda (29) e logo precisou de internação em uma unidade de saúde da região metropolitana. Isso porque a vítima foi mantida como escrava por duas idosas de 70 e 84 anos na região do Bairro Tijuca e era obrigada a se alimentar de restos, além de fazer serviços domésticos sem receber valor algum.

Conforme explicado pela delegada Ligia Barbieri Mantovani, de Minas Gerais, a suspeita do crime é uma ex-empregadora da mãe da vítima. “A mãe trabalhou para a autora durante alguns anos, e foi assim que se estabeleceu contato entre a vítima e a autora”. Contudo, ainda não há detalhes sobre como a vítima foi trazida para Campo Grande.

As idosas teriam apagado os contatos do celular da vítima, impedindo que ela se comunicasse com seus familiares. A mãe da mulher registrou boletim de ocorrência dizendo que não tinha contato com a filha após a partida dela.

A vítima conseguiu fugir e pedir ajuda em uma igreja, e foi encaminhada à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Posteriormente, o caso foi encaminhado à Polícia Federal, que fez buscas pela autora no endereço de registro, mas elas não foram encontradas.

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