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Polícia
17/07/2017 08:31:00
Seis meses após massacre, 78 presos seguem foragidos em Manaus

G1/LD

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a permanência da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no Amazonas por mais 30 dias. A decisão foi publicada nesta terça-feira (20) no Diário Oficial da União (DOU). O apoio federal foi pedido pelo governo do estado em janeiro, após o massacre que deixou 65 mortos em presídios no estado.

A prorrogação por mais 30 dias começa a contar a partir da publicação da portaria de nº 463, que ocorreu nesta tarde. A atuação da Força Nacional, segundo o documento, é de policiamento ostensivo na modalidade Rádio Patrulhamento, nos perímetros externos do sistema penitenciário do Amazonas.

A publicação no DOU explica que a operação terá apoio logístico e supervisão dos órgãos de segurança pública do estado, nos termos do convênio de cooperação firmado entre as partes, assim como a permissão de acesso aos sistemas de informações e ocorrências no âmbito da Segurança Pública durante o período de atuação da Força Nacional.

Entenda o caso

Uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) durou mais de 17 horas, deixando 56 mortos e foi considerada como "o maior massacre do sistema prisional" do Estado, no dia 1º de janeiro de 2017. Na tarde do dia 2, outros quatro presos morreram na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus.

No dia 8 do mesmo mês, uma nova rebelião deixou quatro mortos na Raimundo Vidal Pessoa, localizada no Centro da cidade. O local estava desativado por recomendação do Conselho Nacional de Justiça, e foi reaberto para a acomodação de presos ameaçados de morte no Compaj.

A Força Nacional chegou na capital do Amazonas na madrugada do dia 10 de janeiro, após um pedido de ajuda para reforçar a segurança do sistema penitenciário em sete estados.

Além das mortes, 225 presos conseguiram escapar das unidades. Um total de 72 presos fugiu do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista) na manhã de domingo (1º). Outros 112 conseguiram fugir do Compaj no dia do massacre.

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