Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Polícia
18/08/2016 18:29:00
Tenente chora ao lembrar briga com marido e dois tiros não afastam legítima defesa
Itamara chorou em vários momentos da reprodução simulada

CE/PCS

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Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado

Tenente-coronel da Polícia Militar (PM), Itamara Romero Nogueira, chorou durante a reprodução simulada que durou 2h10. Os momentos de maior emoção foram aqueles em que ela relembrou a briga que teve com o marido, major da PM, Valdeni Lopes Nogueira, pouco antes de matá-lo com dois tiros.

Com base na versão apresentada por Itamara durante a reprodução, delegado Cláudio Graziani Zotto confirmou que o casal se desentendeu na sala de jantar em razão da viagem de férias que faria ao Nordeste.

O desentendimento teria evoluído e, já na antessala, a tenente-coronel foi derrubada, ofendida e agredida com socos e chutes na cabeça. Quando o marido parou com as agressões, ela disse que ouviu ele falando que iria até a caminhonete buscar a arma para matá-la.

Itamara foi mais rápida e alcançou sua arma que estava na estante, desferindo dois tiros contra Valdeni. Ele foi atingido na região do dorso esquerdo quando tentava abrir a porta da caminhonete com a mão direita. No veículo estava a arma do major, bem como dinheiro que ele havia sacado para viajar.

Autoridade policial acredita que a tenente-coronel tenha agido em legítima defesa. Ele explicou que, apesar de Itamara ter efetuado dois tiros, o que caracteriza a legítima defesa é o contexto, que resultou na morte.

Ao final da simulação, que faz parte da investigação para apurar a veracidade da versão da mulher, que alega legítima defesa, Cláudio Zotto explicou que foram reproduzidos cinco atos, sendo o pedido de socorro no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), a chegada da PM ao local, a chegada do Corpo de Bombeiros, a chegada do oficial da PM e as circunstâncias da morte do major Valdeni.

Delegado, que deve ouvir Itamara novamente, disse que o prazo é de 30 dias para recebimento do laudo de criminalística da perícia, no entanto, espera concluir o inquérito em 20 dias se o laudo for entregue antes.

Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado
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