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ImprimirCristiana de Fátima Kosloski Helmich, servidora efetiva no cargo de Agente Legislativa da Câmara Municipal de Chapadão do Sul, custou R$ 37.000,00 aos cofres públicos somente no mês de agosto. Foram R$ 27.870,43 de salário bruto, mais R$ 10.006,00 em diárias, para viagens a Campo Grande e Goiânia.
Enquanto isso, os próprios vereadores recebem R$ 9.901,91 por mês, e o prefeito municipal recebe R$ 36.330,00. A desproporção gerou revolta nas redes sociais e levanta dúvidas sobre os critérios adotados pela presidência da Casa, sob comando de Mika.
Cargo simples, salário milionário?
No Portal da Transparência, *Cristiana aparece como “Agente Legislativa”, função efetiva com jornada de 30 horas semanais. No entanto, sua folha de pagamento em agosto superou a de prefeitos e vereadores.
• Salário bruto de agosto: R$ 27.870,43
• Diárias no mês: R$ 10.007,17
• Total recebido pela servidora: R$ 37.877,60
Para comparação:
• Prefeito de Chapadão do Sul (2025): R$ 36.330,00
• Vereador de Chapadão do Sul: R$ 9.901,91
A pergunta é: por que uma agente legislativa, que teoricamente cumpre funções de suporte técnico, está recebendo valor maior do que o próprio prefeito e quase quatro vezes mais que os vereadores?
Viagens com alto custo: Campo Grande e Goiânia
As duas diárias somaram mais de R$ 10 mil em reembolsos à servidora:
Campo Grande – R$ 2.382,65
• Data do empenho: 04/08
• Finalidade: Acompanhar os alunos do projeto “Câmara Vai à Escola” entre os dias 05 a 07 de agosto.
Goiânia– R$ 7.624,52
• Data do empenho: 22/08
• Finalidade: Participar do “6º Congresso de Excelência em Licitações e Contratos Administrativos”, entre os dias 27 a 29 de agosto.
• Empresa promotora: Excelência Educação
Somadas, as diárias totalizaram R$ 10.006,00, tornando Cristiana a servidora com maior rendimento da Câmara Municipal no mês.
E qual a função real da servidora?
Oficialmente, ela é “Agente Legislativa” — um cargo de nível técnico, sem status de chefia. Entretanto, a participação em congressos, representação de projetos e diárias vultosas levantam suspeitas:
• Cristiana exerce função de assessoria política não declarada?
• Há gratificações embutidas no salário?
• Ela acumula funções de confiança, mesmo sendo efetiva?
Enquanto isso, outros servidores da Prefeitura — como motoristas de ambulância, professores, auxiliares administrativos — vivem com menos de R$ 2 mil por mês, e não têm direito a benefícios como diárias de R$ 7 mil para congressos.
O povo quer saber: quem autorizou tudo isso?
A responsabilidade política dos gastos é da Mesa Diretora da Câmara, atualmente sob o comando do presidente Mika. Ele é quem assina os empenhos, aprova as diárias, participa das decisões orçamentárias e autoriza despesas com pessoal.
A população quer explicações públicas:
• Por que tamanha discrepância salarial?
• Qual o retorno real das viagens feitas por Cristiana?
• Qual a produtividade associada a um gasto de R$ 37 mil mensais?
Em tempos de crise e contenção de gastos públicos, um servidor técnico custar R$ 37 mil reais em um único mês é um escárnio contra o povo pagador de impostos. A Câmara de Chapadão do Sul precisa se explicar — e o presidente Mika precisa se posicionar: “Por que uma agente legislativa ganha mais que o prefeito e os próprios vereadores?”
A resposta precisa ser transparente, legal e — acima de tudo — moral.
Posicionamento
A reportagem entrou em contato com a servidora e com o presidente da Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira (29) para posicionamento referente às informações, mas até a publicação desta notícia não retornaram. Após encaminhada as perguntas, Cristiana disse via whatsapp que iria responder, no entando, até momento nada foi dito.