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Política
17/08/2017 14:47:00
Defesa pede suspensão de interrogatórios na 2ª ação contra Lula na Lava Jato

G1/LD

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Os advogados de Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram, nesta quinta-feira (17), petição em que pedem ao juiz Sérgio Moro a suspensão dos interrogatórios relativos à 2ª ação penal contra o ex-presidente, que investiga a ação de um terreno pela Odebrecht, marcados para setembro.

Segundo a defesa, o objetivo é "viabilizar a realização de prova pericial, tanto nos documentos apresentados quanto nos dispositivos (computadores, celulares, tablets, etc)", de onde teriam sido tirados papéis juntados no processo, além de reinquirir testemunhas a serem indicadas pelos próprios advogados.

Um dos motivos para o pedido de suspensão é a apresentação de uma série de documentos por parte da força-tarefa que, de acordo com a defesa, estão “sem qualquer indicação de origem nem sequer uma mínima referência a respeito no petitório”.

A defesa quer que esses documentos sejam retirados do processe e, caso isso não seja deferido pelo juiz Sérgio Moro, requer que os procuradores indique a fonte dos documentos para realização de perícia e reinquirição das testemunhas.

"Está evidente que toda a acusação formulada contra o Peticionário se baseia exclusivamente em narrativas e hipóteses acusatórias, sem qualquer elemento de corroboração", justificaram os advogados, ao se referirem aos documentos.

Até a publicação desta reportagem, Moro ainda não havia decidido se acatava ou não ao pedido da defesa.

A ação

Nesta ação, o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo do Campo (SP).

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, esses imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa na Petrobras.

Lula responde, neste processo, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras sete pessoas também são rés. A ex-primeira dama Marisa Leticia, morta em fevereiro deste ano, chegou a ser acusada, contudo, o juiz Sérgio Moro decretou a impossibilidade de puni-la.

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