\n \n A Justiça Federal de Dourados aceitou a denúncia contra o ex-governador\n Marcelo Miranda e outras 11 pessoas acusadas de desvio de R$ 14 milhões no Dnit\n (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Com a decisão, todos\n passam a ser réus. Miranda comandou a superintendência do órgão federal em Mato\n Grosso do Sul entre 2003 e janeiro de 2012, sendo demitido por irregularidades.\n \n Conforme o MPF (Ministério Público Federal), os recursos foram desviados por\n meio de contratos com as empresas TV Técnica Viária Construções, Rodocon\n Construções Rodoviárias e ECR Sociedade Civil de Engenharia e Consultoria. As\n duas primeiras foram contratadas para executar obras e serviços na BR-163 e BR-267.\n \n Já a ECR fazia a supervisão e controle das obras de restauração executadas\n pela empresa Técnica Viária.nbsp;Como a\n fiscalização das obras era de fachada, a empresa executava os serviços em\n quantitativos e qualidade inferiores aos contratados, “embolsando” a\n diferença.nbsp;\n \n Além do ex-governador, foram denunciados o ex-supervisor do Dnit em\n Dourados, Carlos Roberto Milhorim; e o ex-chefe do Serviço de Engenharia na\n Superintendência Regional do Dnit, Guilherme de Alcântara Carvalho. Todos\n demitidos pelo Ministério do Transporte em janeiro do ano passado. Milhorim é\n apontado como o mentor das fraudes.\n \n Na denúncia, também estão o engenheiro da Rodocom, Francisco Roberto Berno;\n o encarregado geral da Rodocom em Dourados, Vilmar José Rossoni; o engenheiro\n da ECR, Gustavo Rios Milhorim; os sócios da Base Engenharia, que prestava\n serviço para a Rodocom e Técnica Viária, Renato Machado Pedreira e José Carlos\n Rozin; e o engenheiro da Técnica Viária, Hilário Monteiro Horta.\n \n Além da funcionária da Técnica Viária, Solange Regina de Souza; o\n proprietário da Spessato Diesel, Dori Spessato, e Tereza de Jesus Gimenez,\n funcionária da mesma empresa. As empresas Base Engenharia e Spessato Diesel\n eram fornecedoras de bens e serviços, atuando indiretamente nos contratos\n públicos que eram fraudados.\n \n O grupo foi denunciado por formação de quadrilha, corrupção e falsidade\n ideológica. Para o Ministério Público Federal, “o ex-superintendente, ao saber\n dos documentos que colocavam sob suspeita, de forma muito contundente, Carlos\n Roberto Milhorim, para o exercício de uma função de confiança, tinha a\n obrigação legal de afastá-lo de qualquer atividade na Unidade Local do Dnit em\n Dourados.\n \n Esquema\n \n Segundo a denúncia, Carlos “infiltrou” o filho Gustavo Rios Milhorim na\n empresa ECR para manipular os relatórios de supervisão das obras da Técnica\n Viária. Para ocultar a relação de parentesco, o filho assinava apenas Gustavo\n Rios.\n \n Conforme o MPF, Gustavo foi contratado pela ECR logo após a formatura em\n engenharia civil, em 2005, por influência do pai, que era supervisor do Dnit. A\n empresa fazia supervisão e controle das obras de restauração executadas pela\n empresa Técnica Viária.\n \n Gustavo Milhorim foi aprovado em concurso do Dnit e, atualmente, é\n responsável por fiscalizar as obras das empresas Rodocom e Técnica Viária, que\n continuam prestando serviço para o órgão federal.\n \n Notícia relacionada\n \n Marcelo\n Miranda é demitido após irregularidades no Dnit de MS\n \n \n \n \n