Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Política
27/10/2018 08:13:00
Haddad diz para MS que Bolsonaro é ‘arregão, fujão e frouxo’
Em entrevista a rádio de Campo Grande, petista criticou adversário por não ir a debate

TopMídia/PCS

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Fernando Haddad, candidato à Presidência da República pelo PT, em entrevista à rádio Globo de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (26) disse que o adversário Jair Bolsonaro, do PSL, é um “fujão, arregão e frouxo”, por rejeitar o debate que havia sido marcado para a noite de hoje, pela Rede Globo de Televisão, entre os dois concorrentes.

Sem Bolsonaro, a tevê desmarcou o evento.

Na explicação de Bolsonaro, ele decidiu não participar de debates por ainda estar se recuperando da facada que levou na barriga em ato político, em Juiz de Fora (MG), no mês de setembro.

Para Haddad, o concorrente foge de propósito para escapar de enfrentamentos. Na entrevista, Haddad pontuou questões que interessam diretamente ao estado de Mato Grosso do Sul, como o agronegócio e a segurança nas regiões de fronteira com a Bolívia e o Paraguai.

O candidato petista acha “suicida” a proposta de Bolsonaro anunciada umas duas semanas atrás que funde o ministério da Agricultura ao do Meio Ambiente.

Haddad entende que a medida é um risco ao agronegócio porque países da Europa e Estados Unidos da América, que negociam produtos daqui, como a soja e a carne, exigem dos países exportadores “compromissos com o meio ambiente”.

Seria, para Haddad, o fim do agronegócio, que deixaria de gerar divisas por afrouxar a fiscalização acerca da preservação do meio ambiente.

Haddad falou ainda sobre os embates envolvendo trabalhadores sem-terra, índios e fazendeiros por domínio de áreas rurais. O candidato do PT disse que a aposta dele para combater eventuais conflitos é apoiar a produção sem que para isso áreas sejam desmatadas.

“Existe um agronegócio que não produz para escapar da lei da demarcação”, afirmou Haddad na entrevista concedida à rádio Globo de Campo Grande.

Ele contou que estudos indicam que não é necessário ampliar a área produtiva e, sim “produzir nas já desmatadas”.

FRONTEIRA

O candidato afirmou também que para combater o crime organizado na fronteira pretende dobrar o efetivo da Polícia Federal e por logo em prática o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), programa desenvolvido pelo Exército que envolve radares, sistema de comunicação e veículos aéreos não tripulados.

Haddad, que disse ter parentes morando há décadas em Campo Grande, afirmou ainda que é intenção em isentar do imposto de renda os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos mensais.

A entrevista de Haddad foi intermediada por Tiago Botelho, professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que integra à frente Juristas pela Democracia de MS, entidade integrada por defensores públicos, procuradores, juízes, advogados, bacharéis, professores e estudantes de Direito.

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