Sheila Forato
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Desde o início do ano a maioria dos vereadores trabalhava pelo entendimento na câmara de Coxim, mas, nesta terça-feira (09), as cartas foram colocadas, definitivamente, na mesa, deixando claro o lugar de cada um na Casa de Leis e seus respectivos posicionamentos.
Embora alguns não gostem do título, na bancada de oposição à administração de Aluizio São José (PSB) sentam Lúcia da AAVC (PR), Marquinhos Vaz (PPS) e Sinval Batista (PSDB). Na neutralidade está Dinalva Mourão (PSDB), enquanto a base conta com nove vereadores.
Quem acompanha as sessões desde o início do ano sabe que os vereadores da base buscavam o entendimento. Entretanto, a última sessão, aliada aos últimos acontecimentos, demonstra que essa vontade ficou no passado.
Nesta semana, a oposição sofreu duas derrotas. A primeira foi a retirada da assinatura do vereador Mecias Alves (PEN) do requerimento para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que pretendia apurar supostas irregularidades pelos atrasos em repasses a órgãos ligados aos servidores públicos municipais.
Durante a sessão, o vereador disse que assinou o documento achando que fosse um requerimento. “Eu errei porque não li e quem nunca errou”, questionou Mecias na tribuna. Segundo o vereador, quando ele assustou o documento estava percorrendo as redes sociais e seus parceiros questionando o motivo da sua atitude.
Vale ressaltar que, mesmo que Mecias mantivesse sua assinatura, teria que ter mais uma assinatura para abertura de CPI. A legislação diz que tem de ter um terço, ou seja 4,33, tendo de arredondar para cinco vereadores.
Para Franciel Oliveira (PSB), a CPI não faz sentido, pois o município está em dia com os repasses da parte servidor em relação a esses órgãos. “Nós precisamos nos unir, buscar soluções para ajudar Coxim, nos despindo da vaidade”, enfatizou o vereador, que é líder do prefeito.
A segunda derrota aconteceu durante a sessão, a base derrubou dois requerimentos convocando secretários para prestar esclarecimentos à câmara. O primeiro a votar contra foi Abílio Vaneli (PT), justificando que os secretários nunca se furtaram de prestar esclarecimentos à câmara e que, somente se isso acontecesse, os requerimentos se faziam necessários.
Seguiram o voto do petista os vereadores Mecias, Amoacir Alexandre (PMDB) “Kelé” e Franciel. Quando chegou em Dinalva, que previu a derrota dos colegas, ela sugeriu a substituição dos requerimentos por convites. Até então, somente Sinval, um dos propositores, tinha votado a favor.
O presidente da câmara, Vladimir Ferreira (PT), acatou a sugestão da vereadora e deixou a decisão nas mãos dos três vereadores da oposição, que concordaram com as substituições. Apesar de não chegarem a votar, o Edição MS ouviu os outros vereadores da base, todos seguiram Abílio votando contra os requerimentos.
Ainda durante a sessão, os vereadores aprovaram por unanimidade três projetos, sendo um de resolução e outros dois de autoria de Lúcia e Marquinhos.