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Sonora
26/10/2016 08:30:00
Edinho, sobre Carlos Alberto Torres: "Não era reconhecido como deveria"

Globo Esporte/LD

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Companheiro de Carlos Alberto Torres na Máquina Tricolor, o ex-zagueiro Edinho fez um desabafo ao se despedir do amigo e ex-capitão de Seleção, Carlos Alberto Torres. Usando palavras do próprio Torres, o comentarista lembrou que o Brasil não homenageia os seus ídolos, esquece de seus feitos e só se lembra dos mesmos quando eles morrem, fazendo homenagens póstumas que não serão presenciadas pelo homenageado. Edinho lembrou que Carlos Alberto foi reverenciado por todo o mundo em sua vida, mas que, no país, sua presença ou feitos não eram valorizados como deveriam.

  • Ele não era reconhecido como deveria. Sempre falou isso. Nós sentimos falta disso. Muita gente não faz esse tipo de homenagem até pensando que o ex-jogador quer emprego, quer dinheiro ou alguma coisa. Quando falece, não pode fazer mais nada. Ele falou isso várias vezes. O ex-jogador quer carinho, quer ser lembrado, só isso. Do que adianta homenagear agora? Isso é uma reflexão importante que deve ser feita - disse Edinho.

Para corroborar com sua fala, Edinho lembrou as homenagens do mundo todo para o capitão após a sua morte nesta terça-feira e antes mesmo disso.

  • Teve agora, vi alguns depoimentos. Vi o quanto ele é querido. Você via que ele era querido, mas não tinha aquele reconhecimento aqui do tamanho e feitos dele. Lá fora tem. O público quer isso. Você vê como o cara é querido. Isso nos orgulha. Em vida, ele foi muito mais homenageado lá fora - garante o ex-jogador.

Ainda menino, Edinho atuou ao lado do ex-lateral no Fluminense e lembra que ele foi o responsável por erguer os dois títulos do Campeonato Carioca conquistados em sequência em 1975 e 1976. Sobre si mesmo, o ex-zagueiro acredita que o próprio Tricolor gostaria de receber o seu corpo quando ele falecer, como a CBF fez com Carlos Alberto Torres, mas ele espera ser lembrado em vida.

  • Eu mesmo joguei no Fluminense desde os meus 13 anos, passei parte da minha vida lá. Não que eu esteja me importando, mas o público quer isso e os jogadores merecem. Porque não fazem agora, em vida? - finalizou Edinho.

Carlos Alberto Torres faleceu nesta terça, aos 72 anos, vítima de um enfarte. Ele estava em casa quando se sentiu mal. Foi levado para o hospital, e os médicos tentaram reanimá-lo por 30 minutos em vão. O velório segue na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, das 6h às 9h, e o enterro será às 11h no cemitério do Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

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