Na manhã desta terça-feira (25) foi realizada reunião do projeto Padrinho, no Fórum de Sonora, para orientar a população, principalmente através de formadores de opinião, com a finalidade de promover a aproximação da realidade das crianças e, consequentemente, das famílias carentes. Com apoio da prefeitura, através do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), o juiz de Sonora, Daniel Scaramella Moreira e a assistente social, Rita Diniz, fizeram uma explanação sobre o projeto, que tem mudado a vida de muitas crianças e adolescentes, que necessitam apenas de amor e carinho, na maioria dos casos. Conforme os orientadores, existem várias formas de participar do projeto Padrinho, criado em 2000 pela vara da Infância e da Juventude de Campo Grande. O juiz lembrou que o objetivo é melhorar a vida afetiva e material das crianças envolvidas em alguns processos do juizado, por meio de quatro propostas básicas: Afetivo: A família apadrinha a criança, dando atenção e carinho. Podendo passar finais de semana em sua residência ou apenas levar o apadrinhado para passear, sempre com a missão de orientar e preocupar-se com sua saúde, formação intelectual e moral. Acolhedora: A família pode acolher a criança ou o adolescente por um período em sua casa até que a Justiça decida o caso, oferecendo todos os cuidados necessários Prestador de serviço: Aquele padrinho que ajuda com serviços gratuitos, em horas livres, inerentes a sua profissão. São os padrinhos profissionais que beneficiam várias crianças ao mesmo tempo, tais como: pediatras, dentistas, terapeutas, pedagogos infantis, psicólogos e educadores. Financeiro: Empresa, entidade, instituição ou até mesmo uma pessoa física, que auxilia com uma quantia mensal. A ajuda também pode ser feita através da prestação de serviços de variadas formas, inclusive na divulgação do projeto. Em Sonora, os interessados devem procurar o CREAS, na avenida Wilson Barbosa Martins, 1.056, nbsp;para realizar o cadastro. Em seguida, o padrinho irá receber uma visita domiciliar da assistente social, para entrevista e elaboração de relatório ao juiz. Depois de todas as fases, a equipe entra em contado com o voluntário para encaminhar o(a) afilhado(a), junto com o termo de responsabilidade assinado pelo juiz, psicólogos e assistente social. Qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade, independente de classe social, profissão, religião, sexo ou preferência política pode se tornar parte desse projeto, assim como empresas, instituições e grupos filantrópicos, escolas, entre outros. Para a gerente de Assistência Social de Sonora, Calinca Lazzarotto, é através dessa aproximação, do conhecimento da causa, que se desfazem preconceitos, podendo surgir, inclusive, a ideia de adoção, que depende de outros requisitos e um processo judicial independente, para que o padrinho ingresse no cadastro de adoção.