Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Tecnologia
11/12/2017 18:43:00
Com Instant Games, Facebook desafia Apple e Google pelo usuário mobile

Canal Tech/PCS

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Nunca foi segredo de ninguém que Mark Zuckerberg trabalha com o objetivo de manter o usuário do Facebook o maior tempo possível na sua plataforma. E cada novo recurso lançado pela rede social reforça essa tese.

Foi assim quando, há um ano, surgiu o Instant Games no Messenger. Agora, mais duas novas funcionalidades direcionadas aos jogadores ajudam a prender o usuário na rede: a possibilidade de fazer videochat com amigos e outros players e o live streaming da sua performance, via Facebook Live.

O Instant Games já conta com 72 jogos disponíveis, que podem ser ativados pelo Messenger ou pelo feed, sem que o usuário precise baixar algum arquivo ou saia dos domínios do Facebook.

Pode parecer um número pequeno, mas a rede está tentando compensar a baixa quantidade com ferramentas de monetização. Entre os títulos disponíveis, há alguns clássicos, como Tetris e Pac Man. Para 2018, o Facebook quer ampliar o cardápio de games populares, como Angry Birds.

Plataforma única

Com as novas atualizações, o Facebook mostra mais uma vez para o Google e a Apple seu desejo de construir uma plataforma em que os usuários possam fazer uma série de atividades, de games a troca de mensagens, passando por prospecção de trabalho, tudo no mesmo local.

É importante levar em conta que o live streaming e videochat deixam o Instant Games mais atraentes, o que faz com que os usuários permaneçam mais tempo no Facebook. Além disso, esses recursos estimulam o compartilhamento, sem contar que integram os diversos canais da rede.

Essa é uma solução que Google e a Apple não têm, uma plataforma de múltiplas atividades. Dessa forma o usuário pode permanecer no domínio do Facebook, seja num dispositivo iOS ou Android. Basta ter uma conta na rede.

Ameaça aos gigantes

E como o Instant Games pode ser uma ameaça aos gigantes Google e Apple? A proposta é transformar seus aplicativos em plataformas de jogos, o que levaria o usuário a deixar de lado a App Store e a Google Play.

Afinal, se os jogos estão disponíveis num aplicativo de bate-papo, sem custo, sem necessidade de download, qual o sentido de usar as lojas para ter acesso a games? Esse movimento pode significar perda de receita para Apple e Google, principalmente em mercados emergentes, onde o Facebook tem grande penetração e é confundido como sinônimo de internet.

Resta esperar para ver como Google e Apple vão reagir a esses movimentos do Facebook. A briga é boa.

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