Sábado, 20 de Abril de 2024
Tecnologia
20/04/2018 11:14:00
Consultoria envolvida no escândalo do Facebook planejava lançar criptomoeda
Planos da Cambridge Analytica incluíam criação de um token virtual para que pessoas vendessem seus dados e lucrassem com isso

IDGNow/PCS

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A mesma consultoria Cambridge Analytica (CA), envolvida em um escândalo de privacidade após coletar informações de cerca de 87 milhões de usuários do Facebook, tinha planos de monetizar dados pessoais de uma forma, digamos, mais moderna: por meio de uma nova criptomoeda.

A ideia era lançar um ICO (Initial Coin Offering, ou oferta inicial da moeda) e criar um token virtual para permitir que as pessoas vendessem seus dados e lucrassem com isso. Aparentemente, os planos foram prejudicados pela recente polêmica em que suas ações de coleta de dados foram expostas.

A CA já afirmou ter projetos para desenvolver uma plataforma blockchain que “dará aos usuários controle sobre suas próprias informações”. Como uma espécie de recompensa por informações.

Segundo o The New York Times, a revelação vem da ex-funcionária da CA, Brittany Kaiser, que deixou a empresa em fevereiro. Ela também afirmou recentemente que a CA usou mais de um questionário no Facebook para coletar dados e que o número de pessoas que a empresa analisou é bem maior do que o total de 87 milhões estimado.

Relação com a Dragon Coin

Kaiser estava encarregada diretamente disso e diz ter oferecido seus serviços a inúmeras empresas que operam moedas virtuais. A companhia teria trabalhado com a Dragon Coin, uma criptomoeda destinada a entusiastas dos jogo de azar na ilha de Macau.

É possível que a CA tenha tido negociações mais obscuras com os dados das pessoas que ainda não se sabe. As declarações de Kaiser podem gerar novos depoimentos e encorajar mais funcionários e ex-funcionários a revelarem o que aconteceu atrás de portas fechadas.

A Cambridge Analytica foi contratada para trabalhar na campanha do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes das eleições americanas, no pleito de 2016. A CA também estava envolvida na Europa, durante o referendo Brexit, que aconteceu no mesmo ano.

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