Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
Veículos
12/01/2017 14:56:00
Fiat Chrysler é acusada de emissão excessiva de poluentes nos EUA

G1/LD

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A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos acusou nesta quinta-feira (12) a Fiat Chrysler (FCA) de usar um software que permite emissão excessiva de poluentes em carros com motores a diesel vendidos desde 2014.

A entidade acredita que o software auxiliar de controle de emissões da FCA viola as leis ambientais dos EUA.

Cerca de 104 mil picapes Dodge Ram 1500 e Jeep Grand Cherokees, anos 2014, 2015 e 2016, estariam envolvidos. Todos são equipados com motor 3.0 a diesel.

Um controle auxiliar de emissões pode ser usado pelas montadoras em circunstâncias específicas para proteger o motor de danos, mas qualquer tipo de dispositivo que altere as emissões deve ser informado aos órgãos reguladores.

A EPA diz que a FCA não relatou a existência deste dispositivo e que continua com investigações para determinar se ele atua como o software da Volkswagen, no sentido de burlar testes.

Em nota, a FCA afirmou que está "desapontada" com as alegações e que seus veículos a diesel atendem as normas estabelecidas. A fabricante ainda disse que provará que o software não é fraudulento.

As ações da FCA listadas na Bolsa de Milão apresentavam queda de 14% na tarde desta quinta-feira (12). O anúncio da EPA está marcado para esta tarde.

Investigações pós-dieselgate

A EPA é a mesma agência que "descobriu" o software da Volkswagen, dando início ao caso conhecido como "dieselgate", em setembro de 2015. O software da Volkswagen detecta quando o carro está na inspeção e só então passa a fazer o controle dos gases.

Durante a rodagem normal, o controle fica desligado, fazendo com que os carros poluam muito mais do que o permitido.

O dispositivo fraudulento está presente em cerca de 11 milhões de carros de marcas do Grupo Volkswagen. No Brasil, apenas a Amarok foi afetada.

Na últimas terça-feira (10), a Volkswagen concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em multas nos EUA, para encerrar os processos sobre o "dieselgate".

Em outubro passado, o grupo já tinha aceitado um acordo na Justiça americana para pagar US$ 15 bilhões em compensações aos proprietários dos cerca de 600 mil carros vendidos naquele país e envolvidos na fraude.

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