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05/02/2016 18:50:00
O que mudou (e o que continua igual) no novo VW Passat

Exame/PCS

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VW Passat: se por fora parece que mudou pouco, por dentro é outro carro

Cabine toda redesenhada, interior mais espaçoso, tecnologias inéditas, motor mais econômico. E o design? Bem, também é novo, mas não estranhe se seu vizinho não perceber o que mudou no Passat 2016.

A carroceria está tão semelhante à antiga que parece mais um facelift – na verdade, essa é a oitava geração. Ótimo para quem faz questão de discrição, ruim para quem gosta de novidade.

Faróis e lanternas dianteiras estão mais afilados e horizontais, com a assinatura em leds na parte inferior. O capô ficou mais baixo e curto. A grade frontal foi alargada e há maior quantidade de cromados externos.

Se por fora as modificações são sutis, por dentro a cabine está com outra cara. Perdeu o ar careta e ganhou um painel bem diferente do que vemos nos Volks em geral.

De ponta a ponta, há um elemento horizontal que simula uma enorme saída de ar única. Também é bem-vindo o espaço interno maior, devido ao aumento do entre-eixos em 7,9 cm. A área livre no banco traseiro impressiona: com meu 1,74 metro de altura, consegui cruzar as pernas sem dificuldade.

Isso só foi possível porque o sedã utiliza a flexível plataforma MQB (igual à do Golf). O ganho de espaço veio com as rodas posicionadas mais próximas às extremidades, mas praticamente sem mexer no comprimento total (ele está só 0,2 cm menor). O sedã também ficou 1,2 cm mais largo e 1,4 cm mais baixo.

Entre as melhorias, destaque para a tecnologia. O Passat é o primeiro modelo da Volkswagen a usar uma tela no lugar do quadro de instrumentos – o layout é configurável pelo motorista. Ela não apenas é bonita, mas também funcional. O único problema: o recurso está disponível somente como opcional.

Ao volante, o carro continua priorizando o conforto: a suspensão recalibrada absorveu bem as irregularidades e não raspou em buracos e valetas das ruas de São Paulo, apesar da menor altura do solo – consequência dos balanços dianteiros mais curtos.

O sedã traz motor 2.0 TSI de 220 cv e 35,7 mkgf (9 cv e 7 mkgf a mais que antes) e câmbio DSG de dupla embreagem, mesmo do Golf GTI.

No nosso teste, ele provou estar mais econômico: 9,7 km/l na cidade e 13 km/l na estrada, contra 9,1 e 12,1 do anterior – crédito para a injeção direta remapeada. Embora a VW afirme que o desempenho melhorou, não foi o que vimos na pista: no 0 a 100 km/h, fez os mesmos 7,1 s da linha 2015.

Também estreia com novos itens de segurança. Em caso de situação próxima a de uma colisão, o Pro Active fecha vidros e pré-tensiona cintos, puxando os ocupantes contra o banco, e o Front Assist prepara os freios, aproximando as pinças para uma frenagem mais rápida. Há ainda o City Emergency Braking, que até 30 km/h freia o veículo sozinho.

Caso o acidente ocorra, após o acionamento dos airbags, um sistema para totalmente o carro a fim de evitar outra batida. Porém, toda essa segurança não é de série: custa R$ 4 900 adicionais e só está à venda na versão topo de linha.

Importado da Alemanha, o sedã ficou R$ 10 500 mais caro na básica Comfortline (R$ 144 500). A Highline custa R$ 151 300 e acrescenta câmera traseira, bancos elétricos aquecidos (com massagem para o motorista) e faróis adaptativos.

O preço não é seu forte: é mais caro e menos potente que o principal rival, o Ford Fusion 2.0 EcoBoost Titanium (R$ 137 600 e 240 cv), com nível equivalente de itens de série. Mas isso não tira o mérito do Passat, que oferece espaço, conforto e tecnologia para quem não gosta de chamar a atenção.

Avaliação do editor

Motor e Câmbio

O motor está mais econômico e o 0 a 100 km/h de 7,1 impõe respeito para um sedã.

Dirigibilidade

A suspensão é calibrada para priorizar o conforto: quase não se sentem as imperfeições do asfalto das nossas ruas.

Segurança

Além dos airbags laterais e de cortina, recebeu cinco estrelas nos crash tests e oferece requintes como freio autônomo e Pro Active, que prepara o carro para colisões.

Seu bolso

O preço aumentou mais de R$ 10 000, bem mais caro que sedãs como Fusion, Mercedes C 180 e Audi A4.

Conteúdo

Há um bom pacote de equipamentos desde a versão de entrada. Mas as principais novidades em segurança e tecnologia são opcionais.

Vida a bordo

O ótimo espaço interno torna a convivência muito agradável, especialmente no banco de trás.

Qualidade

Acabamento interno é esmerado e usa materiais de ótima qualidade.

Veredicto Quatro Rodas

Em sua oitava geração, o Passat está claramente melhor em espaço e tecnologia (especificamente de segurança), mas fica devendo em preço e design (está parecido demais com a versão antiga).

VW Passat: os assentos dianteiros são elétricos e aquecíveis (Foto: Marco de Bari/Quatro Rodas)
VW Passat: painel digital está disponível só como opcional (Foto: Marco de Bari)
VW Passat: por fora, carro pode parecer igual (Foto: Marco de Bari)
VW Passat: a roda de liga leve aro 18 tem novo desenho (Foto: Marco de Bari)
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