Terra/PCS
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O mercado de veículos no Brasil sofre com a queda nas vendas, mas um segmento parece ter despertado o gosto do consumidor brasileiro: o de SUVs. Com diversos lançamentos em 2015, o mercado de veículos que se adaptam a mais de um tipo de piso vem crescendo e a briga por participação das montadoras aumenta cada vez mais.
Um dos principais lançamentos do ano foi o Peugeot 2008, que fechou a lista de lançamentos - que conta com Honda HR-V e Jeep Renegade, além da reestilização do Duster. O carro parece enfrentar bem o desafio de ser diferente dos principais rivais, mais robustos e aparentemente mais “aventureiros”.
Bom para a PSA (Peugeot-Citroën), que viu as vendas despencarem em 2014 e terá um bom aliado para se recuperar. “É um segmento (de SUVs) que está subindo, com ofertas novas. O cliente brasileiro vê os SUVs como uma experiência nova e interessante”, afirmou ao Terra o presidente da PSA na América Latina, Carlos Gomes.
Nos primeiros meses de venda, o carro se aproximou das metas estipuladas pela Peugeot – cerca de 1 mil unidades por mês. “Não temos a ambição dos nossos concorrentes, sabemos que vamos fazer menos lucro. (As vendas) já estão dentro do que esperávamos, o carro parece ser bem aceito, e os clientes estão satisfeitos. Acho que o 2008 vai fazer uma curva tranquila de vendas. Isso vai levar algum tempo, mas vai andar. Está dentro do esperado”, afirmou Carlos Gomes.
O Terra testou a versão Griffe 1.6 litro THP, equipada com o mesmo motor que faz sucesso no Citroën C4 Lounge, de 173 cavalos. Com câmbio manual de seis velocidades, essa versão do Peugeot 2008 custa, atualmente, R$ 79.950.
Ao volante, o carro é bastante confortável – uma das apostas da Peugeot para buscar uma boa colocação nesse segmento. Ao acelerar, o motorista tem rápida resposta e chega a perceber o veículo “colando” no asfalto. O ponto negativo é a trepidação inicial, principalmente na primeira marcha.
O motor potente, que chega a dar um toque esportivo na condução do veículo, faz com que o carro não tenha um consumo muito bom. Na estrada, abastecido com etanol, o veículo fez uma média de 10,9 km/l de combustível. Já na cidade o resultado é ainda pior, caindo para 6,9 km/l.
Modelo global, o 2008 brasileiro é produzido na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro, e aposta no padrão de acabamento e nos equipamentos de série. A versão testada pelo Terra possui ar-condicionado digital duas zonas, porta-luvas refrigerado, acendimento automático dos faróis, piloto automático, luzes diurnas de LED, teto panorâmico de vidro e revestimento em couro nos bancos.
Outro ponto que diferencia o 2008 dos principais concorrentes: apesar de se apresentar como SUV, o carro tem visual e comportamento mais próximos de uma perua – com o apelo esportivo, já citado. Ao mesmo tempo, o carro conta com o sistema Grip Control, que o deixa com competência para encarar algumas situações mais radicais.
O motorista escolhe entre guiar “na neve, na lama ou na areia” – além da opção de condução comum. Na prática, o sistema atua nos freios e na rotação do motor pra controlar e distribuir o torque nas rodas em situações de baixa aderência.