\n \n O\n trabalhador José Oliveira da Silva, 60 anos, morreu em explosão de tanque de combustíveis\n no início da tarde deste sábado, em Campo Grande. O corpo dele ficou\n desfigurado e foi parar a 15 metros do local.\n \n José Oliveira trabalhava há pelo menos três\n anos como soldador da Abatec Soluções Ambientais e morreu quando abria um\n tanque de 15 mil litros que seria recolhido. O acidente aconteceu no pátio do\n posto Platinão, na BR-163, saída para São Paulo.\n \n A Abatec recolhe tanques não mais\n utilizados, faz a desgasificação, corta, limpa e derrete. O material então é vendido.\n Para o recolhimento é preciso verificar se há gás no recipiente. Essa\n verificação é feita com o equipamento chamado explosimetro.\n \n O\n explosimetro é uma mangueira pequena que é colocada no tanque por pequenos\n espaços. Se houver gás, o equipamento acusa e depois retira. Enquanto o gás não\n for totalmente retirado, a tampa – que fica nos fundos – não pode ser aberta.\n Caso isso aconteça, há risco de explosão\n \n Quando\n não há mais gás no tanque, a tampa é aberta com maçarico e o recipiente levado.\n É preciso deixar aberto para não acumular mais gás.\n \n A\n suspeita é que José Oliveira foi abrir o tanque sem verificar se havia gás no\n local. Quando ele ligou o maçarico, houve a explosão. Outros dois tanques\n tinham passado por avaliação e este último ainda não havia sido verificado.\n \n A\n explosão foi tão forte que o trabalhador passou por trás do caminhão da empresa\n – que estava atrás do tanque – e foi parar debaixo de outro que transporta\n oxigênio e acetileno, a 15 metros do tanque que abria.\n \n A\n morte foi instantânea. Vísceras do corpo ficaram espalhadas, assim como\n membros. O coração parou a cerca de 20 metros do local da explosão e o\n maçarico, a 10.\n \n A\n bota que o trabalhador calçava e a roupa que vestia ficaram destruídas. Vidros\n de salas do posto de combustíveis e o para-brisa do caminhão ao lado quebraram\n e quem estava próximo sentiu a explosão.\n \n José\n Hélio Tavares, 37 anos, estava dentro do caminhão dele, a 300 metros do\n acidente. “Vi a poeira levantando e depois os pedaços dele [da vítima]”.\n \n Cássio\n José Correa, 42 anos, estava ainda mais próximo e disse que também foi\n arremessado com a explosão, mas, não ficou ferido.\n \n A\n reportagem do CGNews apurou que\n todos os funcionários da empresa recebem treinamento e sabem do risco da\n atividade. A Abatec recolhe tanques em diversos locais.\n \n \n \n \n