\n \n O\n Laboratório Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai passar a\n produzir insulina, medicamento usado no tratamento do diabetes. Um acordo\n firmado entre o governo e um laboratório ucraniano, que vai transferir a\n tecnologia, irá permitir a produção nacional do remédios, segundo o Ministério\n da Saúde.A previsão é que, em três anos, o Brasil passe a fabricar a\n droga em escala industrial. Pelo cronograma divulgado pela pasta, o início da\n produção de cristais de insulina pela Fiocruz começa este ano. A fábrica de\n produção dos cristais (princípio ativo do medicamento) estará estruturada em\n 2014. No ano seguinte, serão feitos testes, qualificações e ajustes técnicos\n para a validação das instalações produtivas. Em 2016, a transferência de\n tecnologia pelo laboratório Indar à Fiocruz será concluída para o início da\n produção em escala industrial e, em 2017, o país estará preparado para a\n fabricação em grande escala.\n \n “Calcula-se\n que a parceira entre a Fiocruz e o laboratório Indar resulte em uma economia de\n R$ 800 milhões para o governo brasileiro (considerando também a redução no\n preço dos insumos)”, informou o ministério, por meio de nota. Ao todo, 7,6\n milhões de brasileiros têm diabetes, dos quais 900 mil dependem exclusivamente do\n Sistema Único de Saúde (SUS).nbsp;O ministério comprou estoque de 3,5 milhões\n de frascos de insulina para 2013. O volume será entregue em abril e poderá\n chegar a 10 milhões de frascos até dezembro deste ano, caso haja necessidade.\n \n Dados\n do governo apontam o alto índice de mortes causadas pelo diabetes – em torno de\n 50 mil todos os anos. A doença mata quatro vezes mais do que a aids e supera o\n número de vítimas do trânsito no país. Em 2010, 54 mil brasileiros morreram em\n decorrência do diabetes, enquanto 12 mil mortes foram provocadas pelo vírus HIV\n e 42 mil por acidentes de trânsito.nbsp;O número seria ainda maior se\n considerado que o diabetes age como fator de risco para várias outros males,\n como câncer e doenças cardiovasculares, por exemplo. Em 2010, 68,5 mil mortes\n estavam associadas ao diabetes – o que totaliza 123 mil mortes diretas ou\n indiretamente.\n \n Em\n fevereiro de 2011, medicamentos para o tratamento do diabetes passaram a ser\n ofertados de graça dentro do Programa Saúde Não Tem Preço. O último balanço do\n governo indica que, desde o início da gratuidade, 4,1 milhões de pessoas\n receberam os remédios. O número de atendimentos passou de 306 mil, em janeiro\n de 2011, para 1,4 milhão, em outubro do ano passado, – um aumento de 370%.\n \n \n \n \n