Brasil
06/08/2014 09:00:00
Diretor de empresa parceira da Fifa é libertado no RJ
Esta é segunda vez que o inglês consegue um habeas corpus. Na primeira vez que foi detido, em 7 de julho, ele passou menos de doze horas na prisão.
G1/AB
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O inglês Raymond Whelan deixou às \n 14h40 o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do \n Rio, nesta quarta-feira (6). Ele estava preso desde o dia 14 de julho.\n O executivo da Match Services, empresa licenciada pela Fifa para a \n venda de ingressos, é apontado pela Polícia Civil como integrante de uma\n máfia de cambistas. O argelino Mohamed Lamine Fofana e outros 10 \n integrantes também são réus no processo. Destes, apenas o advogado José \n Massih já estava em liberdade por ter colaborado com as investigações.
\n \t A saída de Whelan ocorre menos de 24 horas depois da liminar concedida \n pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. O \n ministro argumentou que o inglês não deveria ficar preso antes do \n julgamento. Ele escreveu que a regra é apurar para, selada a culpa, \n prender.\n \n \t Esta é segunda vez que o inglês consegue um habeas corpus. Na primeira \n vez que foi detido, em 7 de julho, ele passou menos de doze horas na \n prisão.\n \n \t Depois de ter a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio no dia \n 10 de julho, passou a ser considerado foragido ao deixar o Hotel \n Copacabana Palace, onde estava hospedado. O executivo saiu por uma \n portaria destinada a funcionários, acompanhado do advogado, Fernando \n Fernandes. No dia 14 de julho, ele se apresentou ao Tribunal de Justiça \n do Rio e foi levado para Bangu.\n \t Defesa
\n \t O advogado de Raymond Whelan, Fernando Fernandes, disse em nota que o \n habeas corpus prova que a prisão de Whelan é ilegal e, portanto, a saída\n dele do hotel não pode ser considerada fuga. Fernandes afirmou ainda \n que vai pedir o arquivamento das denúncias contra o executivo.\n \n \t Para o Ministério Público, o entendimento é que mesmo com o habeas \n corpus a prisão do inglês foi legal e que nada impede o andamento das \n investigações.\n \n \t As investigações continuam, independente da soltura do Whelan. Nós \n iremos provar judicialmente todas as acusações que foram formuladas com a\n competente ação penal, afirmou o promotor Marcos Kac.O esquema
\n \t No dia 1º de julho, policiais da 18ª Delegacia de Polícia, da Praça da \n Bandeira, prenderam 11 pessoas na operação "Jules Rimet". Na \n segunda-feira (7), Raymond Whelan chegou a ser preso também, mas foi \n solto na madrugada de terça-feira (8) depois de obter um habeas corpus \n na Justiça do Rio.
\n \t Com a listagem de celulares da Fifa em mãos, um dos agentes policiais \n digitou no aparelho celular apreendido do argelino Lamíne Fofana o \n prefixo 96201, que precede os telefones da entidade. Apareceu, então, o \n nome "Ray Brazil", para o qual havia 900 registros entre telefonemas e \n mensagens. Ao todo, a operação está lendo e escutando 50 mil registros \n telefônicos, dos quais mais de 50% já foram apurados.
\n \t Segundo as investigações, três empresas de turismo localizadas em \n Copacabana, interditadas pela polícia, faziam contato com agências de \n turismo que traziam turistas ao país e vendiam ingressos acima do preço.
\n \t Eram ingressos VIPs, fornecidos como cortesia a patrocinadores, a \n Organizações Não Governamentais (ONGs) e também destinados à comissão \n técnica da Seleção Brasileira desde bilhetes de camarotes até entradas\n de assentos superiores. Uma entrada para a final da Copa no Maracanã \n chegava a custar R$ 35 mil e a quadrilha faturava mais de R$ 1 milhão \n por jogo.
\n \t Segundo a polícia, Fofana também conseguia entradas vendidas pelos \n agentes oficiais da categoria "hospitalidade", pacotes de luxo, \n controlados pela Match Hospitality. Até carro forte foi usado para \n abastecer a quadrilha que vendia entradas para todos os jogos da \n abertura à final do torneio.
\n \t Segundo o delegado Fábio Barucke, responsável pelo caso, os presos já \n atuaram em pelo menos quatro mundiais e estimativas apontam que a \n quadrilha poderia movimentar cerca de R$ 200 milhões por Copa do Mundo.
Os presos
\n \t Além de Fofana e Whelan, estão presos o policial militar reformado \n Oséas do Nascimento; Alexandre Marino Vieira; Antônio Henrique de Paula \n Jorge, um dos contatos de Fofana no Brasil (antes de ser preso, Henrique\n tentou retirar de um banco R$ 177 mil em dinheiro vivo); Marcelo Pavão \n da Costa Carvalho; Sérgio Antônio de Lima, que teria tentado subornar um\n dos agentes; Ernane Alves da Rocha Júnior; Júlio Soares da Costa Filho;\n Fernanda Carrione Paulucci enbsp; Alexandre da Silva Borges. O advogado \n José Massih responderá ao processo em liberdade por ter colaborado com \n as investigações.
\n \t A saída de Whelan ocorre menos de 24 horas depois da liminar concedida \n pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. O \n ministro argumentou que o inglês não deveria ficar preso antes do \n julgamento. Ele escreveu que a regra é apurar para, selada a culpa, \n prender.\n \n \t Esta é segunda vez que o inglês consegue um habeas corpus. Na primeira \n vez que foi detido, em 7 de julho, ele passou menos de doze horas na \n prisão.\n \n \t Depois de ter a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio no dia \n 10 de julho, passou a ser considerado foragido ao deixar o Hotel \n Copacabana Palace, onde estava hospedado. O executivo saiu por uma \n portaria destinada a funcionários, acompanhado do advogado, Fernando \n Fernandes. No dia 14 de julho, ele se apresentou ao Tribunal de Justiça \n do Rio e foi levado para Bangu.\n \t Defesa
\n \t O advogado de Raymond Whelan, Fernando Fernandes, disse em nota que o \n habeas corpus prova que a prisão de Whelan é ilegal e, portanto, a saída\n dele do hotel não pode ser considerada fuga. Fernandes afirmou ainda \n que vai pedir o arquivamento das denúncias contra o executivo.\n \n \t Para o Ministério Público, o entendimento é que mesmo com o habeas \n corpus a prisão do inglês foi legal e que nada impede o andamento das \n investigações.\n \n \t As investigações continuam, independente da soltura do Whelan. Nós \n iremos provar judicialmente todas as acusações que foram formuladas com a\n competente ação penal, afirmou o promotor Marcos Kac.O esquema
\n \t No dia 1º de julho, policiais da 18ª Delegacia de Polícia, da Praça da \n Bandeira, prenderam 11 pessoas na operação "Jules Rimet". Na \n segunda-feira (7), Raymond Whelan chegou a ser preso também, mas foi \n solto na madrugada de terça-feira (8) depois de obter um habeas corpus \n na Justiça do Rio.
\n \t Com a listagem de celulares da Fifa em mãos, um dos agentes policiais \n digitou no aparelho celular apreendido do argelino Lamíne Fofana o \n prefixo 96201, que precede os telefones da entidade. Apareceu, então, o \n nome "Ray Brazil", para o qual havia 900 registros entre telefonemas e \n mensagens. Ao todo, a operação está lendo e escutando 50 mil registros \n telefônicos, dos quais mais de 50% já foram apurados.
\n \t Segundo as investigações, três empresas de turismo localizadas em \n Copacabana, interditadas pela polícia, faziam contato com agências de \n turismo que traziam turistas ao país e vendiam ingressos acima do preço.
\n \t Eram ingressos VIPs, fornecidos como cortesia a patrocinadores, a \n Organizações Não Governamentais (ONGs) e também destinados à comissão \n técnica da Seleção Brasileira desde bilhetes de camarotes até entradas\n de assentos superiores. Uma entrada para a final da Copa no Maracanã \n chegava a custar R$ 35 mil e a quadrilha faturava mais de R$ 1 milhão \n por jogo.
\n \t Segundo a polícia, Fofana também conseguia entradas vendidas pelos \n agentes oficiais da categoria "hospitalidade", pacotes de luxo, \n controlados pela Match Hospitality. Até carro forte foi usado para \n abastecer a quadrilha que vendia entradas para todos os jogos da \n abertura à final do torneio.
\n \t Segundo o delegado Fábio Barucke, responsável pelo caso, os presos já \n atuaram em pelo menos quatro mundiais e estimativas apontam que a \n quadrilha poderia movimentar cerca de R$ 200 milhões por Copa do Mundo.
Os presos
\n \t Além de Fofana e Whelan, estão presos o policial militar reformado \n Oséas do Nascimento; Alexandre Marino Vieira; Antônio Henrique de Paula \n Jorge, um dos contatos de Fofana no Brasil (antes de ser preso, Henrique\n tentou retirar de um banco R$ 177 mil em dinheiro vivo); Marcelo Pavão \n da Costa Carvalho; Sérgio Antônio de Lima, que teria tentado subornar um\n dos agentes; Ernane Alves da Rocha Júnior; Júlio Soares da Costa Filho;\n Fernanda Carrione Paulucci enbsp; Alexandre da Silva Borges. O advogado \n José Massih responderá ao processo em liberdade por ter colaborado com \n as investigações.
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