\n \n Os advogados Ricardo de Aquino Salles e Guilherme de Andrade\n Campos Abdalla irão protocolar nesta quarta-feira no Senado um pedido de impeachment\n do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antonio Dias Toffoli.
O\n documento de 17 páginas faz um "denúncia de crime de\n responsabilidade". "Por iniciativa própria, estamos encaminhando essa\n petição ao presidente do Senado (José Sarney). Ele mesmo (Toffoli) deveria ter\n se declarado impedido de participar do julgamento da ação penal 470. Como\n alguém que já foi advogado dos réus vai poder agora julgá-los?",\n questionou Salles. \n \n O documento produzido pelos advogados elenca cargos ocupados por\n Toffoli, antes de se tornar ministro, que tiveram ligação com réus do processo,\n como Delúbio Soares, Arlindo Chinaglia e o próprio José Dirceu, além da\n proximidade do ministro com o PT. Entre 95 e 2000, por exemplo, o requerimento\n ressalta que Toffoli foi assessor jurídico da liderança do PT na Câmara dos\n Deputados. "O denunciado teria atuado, no ano de 2000, como advogado do\n então deputado federal José Dirceu", diz a denúncia. \n \n De acordo com Salles, ao se manter no julgamento, o ministro está\n ferindo os artigos 254 do Código Penal e 135 do Código Civil. "Ele está\n cometendo uma infração grave que é passível de impeachment", explicou o\n advogado de São Paulo. Na opinião dele, como o governo tem maioria no Senado, a\n chance da petição prosperar é pouco provável. "Mas o próprio documento\n poderá incitar a discussão a respeito dessa questão e trazer elementos\n positivos para o julgamento", confiou.