G1/LD
ImprimirO ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o ataque terrorista na França preocupa o governo brasileiro, mas que não há nenhuma ameaça real de terrorismo em solo nacional. O governo federal criará uma força de reserva de 3.200 homens a mais que ficarão de prontidão e podem ser acionados para o Rio. O ministério estuda um possível aumento ou reforço em barreiras nas entradas do público nas arenas. Além disso, o governo enviou representantes a Nice, na França, para obter informações sobre o ataque de ontem.
O governo federal reuniu 500 mil pessoas cadastradas suspeitas de qualquer tipo de terrorismo. Esses dados foram recolhidos por agências de diversos países, além da Agência Brasileira de Inteligência.
Jungmann destacou que os itens trazidos ao país por visitantes serão vistoriados e que o comportamento deles que chame atenção das autoridades será monitorado. O governo federal terá até 10 mil agentes disfarçados de diversos órgãos dentro das arenas de competições.
Segundo o ministro, cerca de dez países são os principais alvos, mas não especificou quais são.
Jungmann disse que o planejamento do governo vai contar com militares capacitados, treinados e equipados para exercer as funções de segurança durante a Olimpíada.
Jungmann chegou ao Rio trazendo mais de 200 militares da Força Aérea e da Marinha, que vão reforçar a segurança nos saguões e no entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim, principal porta de entrada para delegações de turistas.
O ministro também acompanhou fuzileiros navais que vão servir de reforço às forças de segurança pública. A partir do dia 24, os mais de 22.850 militares já estarão em condição de trabalhar com os órgãos de segurança do estado. A previsão inicial era de 18 mil militares, mas o governo do Rio pediu que esse total fosse reforçado.
O ministro reiterou que o governo federal vai participar do patrulhamento dos principais pontos do Rio durante a Olimpíada. Durante os Jogos, o efetivo total federal e estadual deve chegar a 48 mil homens.