Domingo, 8 de Junho de 2025
Brasil
24/12/2013 07:40:19
Após quatro anos de queda, desmatamento na Amazônia cresce 28%
Após quatro anos consecutivos de queda, o desmatamento na Amazônia voltou a crescer e subiu 28%, segundo números do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).

Agência Brasil/PCS

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Após\n quatro anos consecutivos de queda, o desmatamento na Amazônia voltou a \n crescer e subiu 28%, segundo números do Projeto de Monitoramento da \n Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Instituto Nacional de \n Pesquisa Espaciais (Inpe). Os dados apresentados em novembro pela \n ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, referem-se ao período de \n agosto de 2012 a julho de 2013 e mostram que a área desmatada chegou a \n 5.843 quilômetros quadrados (km²).\n Apesar do aumento, a ministra assegurou que essa é a “segunda \n menor taxa de desmatamento já registrada em toda a história” desde que o\n monitoramento começou a ser feito em 1988. Entre os estados que mais \n desmataram estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o cálculo é \n feito em quilômetros, os estados que lideram o ranking de desmatamento \n são o Pará, com 2.379 km², e Mato Grosso, com 1.149 km².\n A ministra atribuiu esse aumento ao crime organizado. “Quem \n desmata 1.000 hectares sem medo de ser pego, [é porque] tem alguém dando\n cobertura. É inaceitável que se tenha aumento na taxa de desmatamento \n com base na ilegalidade. O governo federal não tolerará”, disse.\n Além do crescimento do desflorestamento, a ministra informou que a\n outra notícia era o aumento das áreas desmatadas, tendência em queda \n nos últimos anos. “A má notícia que se confirma é o aumento dos \n polígonos de desmatamento. É impactante o que aconteceu no Pará, com \n áreas desmatadas acima de 1.000 hectares”, disse Izabella.\n Essa situação ocorre ao longo do eixo da BR-163 (Cuiabá-Santarém)\n e indica a grilagem para especulação fundiária em terras públicas. A \n existência de mais de 3 mil garimpos ilegais e de grandes obras de \n infraestrutura também pressiona a devastação das florestas no estado. Em\n Mato Grosso, o desmatamento é feito em terras privadas para a expansão \n de área agrícola destinada à soja.\n Segundo a ministra, o desflorestamento não aumentou por falta de \n recursos. “Nego que haja falta de investimentos na área ambiental. Não \n há corte de recursos para fiscalização na Amazônia”. Ela pediu que os \n estados se engajem no combate ao desmatamento. “É lamentável que em \n alguns estados esteja ocorrendo aumento de desmatamento, mas é um \n compromisso nosso reverter essa tendência”, disse.\n Izabella informou que a pasta vai intensificar as ações de \n combate ao desmatamento ilegal, com radares com visor que permitem o \n monitoramento em período chuvoso, imagens de satélites que vão enxergar \n desmatamentos de até 3 hectares e com o aumento de processos criminais.\n As imagens de satélites usadas pelo Inpe, responsável pelo \n Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), mostraram \n que, entre agosto e outubro de 2013, houve queda de 24% dos alertas de \n desmatamento e degradação em comparação com o mesmo período do ano \n passado. Nesses três meses, 886 km² foram devastados no bioma amazônico.\n No mesmo período de 2012, foram desflorestados 1.082 km².\n Para o pesquisador do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da \n Amazônia (Imazon), Beto Veríssimo, essa tendência de queda pode ser \n atribuída à maior fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e\n dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O governo vem apertando o \n cerco contra o desmatamento e o resultado está começando a aparecer”, \n avaliou.\t \t \t \t
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