G1/PCS
ImprimirO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará na manhã desta quinta-feira (8) o julgamento da chapa Dilma-Temer. Após o relator da ação, Herman Benjamin, concluir o voto dele, os demais ministros da Corte deverão proferir os votos.
O julgamento da ação que pede a cassação da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014, iniciado em abril deste ano, foi retomado na última terça (6). Até agora, já falaram os advogados de defesa e de acusação, além do representante do Ministério Público Eleitoral.
Herman Benjamin já começou a leitura do parecer dele, mas ainda precisa concluir para que os demais integrantes da Corte possam votar.
O relator defendeu manter no processo relatos de executivos da Odebrecht de que a campanha de 2014 foi abastecida com dinheiro não declarado (caixa 2) repassado como propina por contratos fechados pela empreiteira com a Petrobras.
Os advogados de Dilma e de Temer querem que os relatos não sejam considerados. A decisão caberá aos outros ministros da Corte: Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Tarcísio Neto, Luiz Fux, Rosa Weber e Gilmar Mendes.
O PSDB acusa a chapa Dilma-Temer de ter cometido abuso de poder político e econômico. A legenda diz, ainda, que a campanha eleitoral de 2014 se beneficiou do esquema de corrupção que atuou na Petrobras.
O que dizem os envolvidos
Relembre abaixo o que argumentaram as partes envolvidas no julgamento:
MINISTÉRIO PÚBLICO
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, afirmou que a campanha eleitoral que elegeu Dilma e Temer em 2014 tinha como pano de fundo um "fabuloso esquema de apropriação de empresas públicas". Dino se manifestou pela cassação do mandato de Temer e pela inegibilidade de Dilma por 8 anos.
DEFESA DE TEMER
O advogado Marcus Vinícius Furtado Coelho, que representa Michel Temer na ação, reforçou na tribuna do TSE o pedido para retirar do processo as provas entregues por ex-executivos da Odebrecht no acordo de delação premiada.
DEFESA DE DILMA
O advogado de Dilma, Flávio Caetano, afirmou que um "inconformismo" com a derrota levou o PSDB a apresentar a ação que questionou a eleição presidencial de 2014. Na tribuna do TSE, o advogado argumentou que a primeira demonstração disso foi o pedido para auditar as urnas eletrônicas usadas no pleito, que não levou à comprovação de fraudes na votação.
PSDB
O advogado do PSDB, partido que pediu a cassação da chapa Dilma-Temer, Eduardo Alckmin, defendeu a manutenção das provas entregues por ex-executivos da Odebrecht no processo que investiga a campanha de 2014.