Tudo Sobre Chapecó/LD
ImprimirO presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, anunciou a paralisação do abate em quatro unidades de abate na região a partir desta terça-feira (24). A decisão foi tomada pela diretoria da empresa frente a greve dos motoristas que acontece em várias regiões do Estado e do País desde a semana passada.
De acordo com Lanznaster, a produção será interrompida nas unidades de Joaçaba, São Miguel do Oeste, Abelardo Luz e Xaxim - cerca de oito mil, dos 23 mil funcionários serão afetados Hoje a Aurora tem capacidade para abater 900 mil aves /dia e capacidade para armazenar a produção de apenas um dia.
Nos bloqueios, de acordo com o presidente, a empresa tem 170 caminhões parados e mais 22 cargas em Pinhalzinho.
- Eu queria saber porque esses caminhoneiros – é justo a paralisação – mas por que não vão trancar a BR-101, a entrada e a saída de São Paulo, não aqui. Que se trabalha quietinho. Vem aqui para atrapalhar a vida. Não é de hoje que pedimos melhorias nas rodovias, no entanto parece que estamos sendo convidados a sair daqui e a ir para outra região, ou a reduzir ou a parar de crescer. Não digo que é para apoiar totalmente o governo, não. Se o sacrifício de hoje servir para melhorar o amanhã então tudo bem. Mas se amanhã tiver pior que hoje então não. Então o sacrifício não vale – declarou Lanznaster.
O recolhimento de leite também estará parado. As demais unidades da Aurora em Chapecó, Quilombo e demais cidades, vão diminuir a produção nestes dias.
De acordo com o presidente da Aurora, os governadores dos três Estados do Sul já estão a par da situação e devem tomar atitudes para garantir o direito de ir e vir. O perigo de desabastecimento no mercado existe, assim como já acontece com a gasolina. De acordo com Lanznaster só a Aurora, a cada hora de paralisação deixa de faturar R$ 3 milhões e, por isso, o prejuízo das agroindústrias deve ser gigantesco.
- O Governo já está sabendo, a presidente Dilma está sabendo e essa paralisação não pode continuar além de amanhã. Porque senão o que vai dar não sei. É um descontentamento geral, uma revolta geral. Isso não pode acontecer - frisa Lanznaster.