Sábado, 28 de Junho de 2025
Brasil
13/05/2014 11:14:15
Brasil e México são os países onde mais se teme tortura em detenção - Anistia
Das mais de 21 mil pessoas consultadas em 21 países pela GlobeScan em nome da Anistia, 44 por cento disseram que não se sentiriam a salvo da tortura se fossem presos em seus países de origem.

Reuters/AB

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Oitenta\n por cento dos brasileiros e 64 por cento dos mexicanos temem sofrer \n torturas caso sejam detidos, de acordo com uma pesquisa publicada nesta \n terça-feira pela organização de direitos humanos Anistia Internacional, \n que mostrou que quase a metade do mundo tem medo de sofrer maus-tratos \n sob custódia. \n “Embora os governos tenham proibido por lei essa prática desumana e \n reconheçam o descontentamento global por sua existência, vários deles \n torturam ou facilitam sua prática”, disse a Anistia em um novo \n relatório. \n Das mais de 21 mil pessoas consultadas em 21 países pela GlobeScan em \n nome da Anistia, 44 por cento disseram que não se sentiriam a salvo da \n tortura se fossem presos em seus países de origem. \n Quatro a cada cinco pessoas queriam leis claras para evitar a tortura e \n 60 por cento apoiavam, em geral, a ideia de que a tortura não é \n justificada em nenhuma circunstância, embora uma maioria dos consultados\n na China e na Índia acreditem que certas ocasiões possam justificar seu\n uso. \n A Anistia disse que 155 países ratificaram a Convenção das Nações Unidas\n Contra a Tortura, que existe há 30 anos, mas muitos governos “traem \n suas responsabilidades”. \n A entidade disse ter recebido relatos de tortura em mais de 140 países, e\n ofereceu exemplos que incluem México e Nigéria até a Ucrânia. \n Em agosto de 2012, comandos mexicanos invadiram a casa de Claudia Medina\n em Veracruz e a levaram para uma base naval onde ela foi submetida a \n cargas de eletricidade, foi obrigada a inalar gás de pimenta e envolta \n em plástico para receber uma surra, segundo Medina. \n Ela negou a acusação de fazer parte de uma quadrilha, mas foi obrigada a\n assinar uma confissão que nem sequer teve a chance de ler. \n “Se não me houvessem torturado, não teria assinado a declaração”, disse Medina, segundo o relatório da Anistia. \n “Três décadas após a convenção e mais de 65 anos após a Declaração \n Universal dos Direitos Humanos, a tortura não apenas está viva e fresca.\n Está florescendo”, disse o relatório “Tortura em 2014: 30 anos de \n promessas derrotadas”. \n Australianos e britânicos são os que têm menos medo da tortura em detenção, com 16 e 15 por cento, respectivamente.
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