Veja/PCS
ImprimirNa tentativa de se desvincular das acusações de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro, o pecuarista José Carlos Bumlai arrolou o ex-presidente Lula e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli como testemunhas de defesa no processo em que é réu no escândalo do petrolão.
Em dezembro, em depoimento à Polícia Federal, Bumlai admitiu pela primeira vez que tomou um empréstimo de mais de 12 milhões de reais para repassar os valores ao PT.
Ele detalhou que o dinheiro foi pedido pelo ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares, condenado no julgamento do mensalão. Nos autos do processo do petrolão, Bumlai reconhece a amizade com o ex-presidente Lula, mas diz que nunca repassou demandas de empresários ao petista.
Ao juiz Sergio Moro, além de atacar a coleta de provas na Lava Jato, a defesa de Bumlai ataca o Ministério Público e diz que, ao longo das investigações, é preciso "humildade para reconhecer a possibilidade de que, na tarrafa, venham inocentes ou, quando menos, pessoas contra as quais não se consegue formar um quadro indiciário consistente que as leve à sujeição passiva numa ação penal".