A\n partir deste sábado, cães e gatos têm direito a passaporte para viajar \n pelo Brasil e para outros países. A iniciativa foi tomada pelo \n Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por causa do \n aumento no número de passageiros que viajam com seus pets. A novidade \n havia sido divulgada no dia 22 de novembro de 2013 no Diário Oficial da \n União.\n A expedição do documento é opcional, gratuita, será feita em \n português, inglês e espanhol e terá validade para todo território \n nacional e países que o reconheçam como equivalente ao certificado \n sanitário de origem. \n No passaporte do pet deverão constar informações sobre o animal, \n dados de vacinação e exame clínico realizado por veterinário. Nome \n completo e endereço do proprietário também são necessários. A foto do \n pet não será obrigatória, porém o dono poderá fornecer um retrato em \n tamanho 5x7.\n “O passaporte é uma forma econômica de identificação, pois a cada \n viagem programada era necessário que o dono fosse solicitar um atestado \n de saúde ao veterinário. Com o passaporte, o número de solicitações de \n atestados diminui para mais ou menos duas vezes ao ano”, afirmou o \n veterinário Mauro Alves, da Clínica Pet Stuff.\n Documentos necessários - Para obter o documento, o dono deve \n apresentar atestado de saúde e carteira de vacinação do animal. A \n solicitação do passaporte deverá ser feita em uma das unidades do \n Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), localizadas\n em aeroportos, portos, postos de fronteira e alfândegas. \n O passaporte será entregue pelo Ministério da Agricultura em um prazo\n de trinta dias. O documento substitui o Certificado Zoosanitário \n Internacional (CZI) e o atestado de saúde e vale para toda a vida do \n animal, bastando que sejam atualizadas as informações sobre a saúde do \n pet a cada viagem.\n A emissão do documento só é realizada após o implante de um microchip\n – dispositivo de identificação eletrônica - sob a pele do animal, \n método já utilizado na União Europeia. Informações do dispositivo - \n código, data de aplicação e localização do microchip – constarão no \n passaporte. \n Cuidados de véspera \n Antes do embarque, o dono precisará solicitar que um veterinário \n registre no passaporte informações sobre a saúde do animal, como dados \n de vacinação, tratamentos, exames e análises exigidos pelo país de \n destino - todos os exames e comprovantes deverão ser expedidos em um \n prazo de até dez dias antes da viagem. Em seguida, o passageiro terá que\n validar as novas informações em uma unidade do Vigiagro. \n As regras para o transporte de cães e gatos em aviões podem variar \n segundo a companhia aérea. Em geral, cães e gatos de pequeno porte podem\n ficar com o proprietário na cabine, desde que em uma caixa própria para\n o transporte. Já animais maiores deverão ficar no compartimento de \n bagagens - exceto cães-guia. O dono deve checar as informações \n disponíveis nos sites das empresas.\n Dona do shih tzu Plock, Janaina Pacheco, de 37 anos, disse que o \n carrega frequentemente para Goiânia e Rio de Janeiro de avião e já \n enfrentou problemas com uma companhia aérea para levar Plock na cabine. \n “Quando cheguei ao guichê da companhia, me avisaram que as regras haviam\n mudado e o cão teria que ser despachado.” \n Segundo ela, ao chegar ao destino, o pet não apareceu: "Foi então que\n me chamaram pelo microfone. Disseram que ele tinha aberto a grade da \n caixa e, quando eles levantaram a porta do compartimento de bagagem, \n Plock pulou. Depois desse dia, comprei uma sacola maleável para que ele \n sempre embarque na cabine comigo”, conta a dona.