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Brasil
02/03/2013 10:24:36
Combate à pobreza não assegura redução da violência, diz pesquisa
O estudo usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e das Nações Unidas.

Agência Brasil/PCS

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\n \n O combate à pobreza não assegura a\n redução da violência nem a da taxa de homicídios no Brasil, conforme informação\n do estudo "Avanço No Socioeconômico, Retrocesso Na Segurança Pública, Paradoxo\n Brasileiro", do professor doutor Luis Flávio Sapori, coordenador do Centro de\n Pesquisas de Segurança Pública da Pontifícia Universidade Católica de Minas\n Gerais (PUC-MG). O estudo usa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e\n Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e das\n Nações Unidas. \n \n Para Sapori, é fundamental as\n autoridades observarem três fatores que levam à violência e que não têm relação\n direta com a pobreza. “É preciso desfazer esse senso comum de que combatendo a\n pobreza quase que de maneira imediata será possível reduzir a violência e a\n taxa de homicídios no país”, destacou o pesquisador. \n \n “Não é assim que funciona”,\n acrescentou. “A consolidação das nossas instituições democráticas e de uma\n efetiva justiça social dependem da nossa capacidade de controlar a\n criminalidade que vitimiza amplos segmentos da população, em especial os mais\n pobres.” \n \n Os fatores que contribuem para o\n aumento da violência e, consequentemente, para a elevação da taxa de\n homicídios, mencionados na pesquisa de Sapori, são a consolidação do tráfico de\n drogas, principalmente o consumo de drogas, os elevados níveis de impunidade e\n a necessidade de adoção de medidas mais eficientes para combater os dois\n aspectos anteriores. \n \n “O que preocupa é como o governo\n trata a questão da violência e a questão da pobreza e da miséria”, ressaltou\n Sapori, que deverá publicar o estudo na revista Desigualdade e Diversidade, da\n PUC-MG. “É preciso repensar o que tem sido feito e como agir. A pesquisa mostra\n que, apesar dos ganhos sociais, a violência aumenta.” \n \n Pelos dados da pesquisa, há um\n aumento contínuo e gradual na taxa de violência no período de 1999 a 2010. O\n número saltou de 21 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes para 31\n homicídios (para o mesmo número de habitantes). A taxa é considerada elevada,\n segundo Sapori, e pode ser comparada a alguns países africanos apontados como\n os mais violentos do mundo. \n \n “Não há qualidade de vida em uma\n sociedade que todos os anos coleciona mais de 50 mil vítimas de assassinatos”,\n ressalta o estudo, referindo-se à média de 50 assassinatos para cada 100 mil habitantes,\n registrada em alguns países africanos. Pela pesquisa, os países da Europa, da\n Ásia e da Oceania registram, em média, os índices mais baixos de homicídios,\n com cerca de três assassinatos para cada 100 mil habitantes. \n \n Nas Américas, o Brasil é apontado\n entre os países mais violentos, ao lado do Paraguai, da Guatemala e de El\n Salvador, com base em dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Na África,\n os mais violentos são África do Sul, Uganda, Angola e Nigéria. \n \n \n \n \n
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