A Comissão Municipal da Verdade de São Paulo encaminhou hoje (6) um \n ofício à presidenta da República, Dilma Rousseff, pedindo para que seja \n atribuída à ditadura militar a responsabilidade pela morte do \n ex-presidente Juscelino Kubitschek.
Desde o ano passado, a comissão tem \n investigado a morte de Juscelino e concluiu que a versão oficial sobre a\n morte do ex-presidente foi “forjada” durante a ditadura militar.\n A versão oficial diz que JK morreu em agosto de 1976 em um acidente \n de carro na Rodovia Presidente Dutra, quando o carro em que estava \n colidiu com uma carreta após ter sido fechado por um ônibus. Após uma \n série de audiências durante o ano passado para investigar a morte do \n ex-presidente e de seu motorista, Geraldo Ribeiro, a comissão decidiu \n declarar, em dezembro, que Juscelino sofreu um atentado político e foi, \n na verdade, assassinado durante a ditadura militar.\n Um relatório sobre a morte do ex-presidente, produzido pela comissão e\n com a conclusão de que ele foi assassinado, também foi encaminhado à \n presidenta Dilma. Além da presidenta, também receberam uma cópia do \n relatório o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa; o \n presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros; o procurador-geral da\n República, Rodrigo Janot; e o coordenador da Comissão Nacional da \n Verdade Pedro Dallari.nbsp;\n "Juscelino Kubitschek não perdeu a vida em um simples acidente de \n trânsito, conforme alegaram as autoridades do período militar com base \n em perícias feitas em 1976 e mesmo as que vieram depois", disse o \n vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da Comissão Municipal da \n Verdade, por meio de nota.nbsp;
"JK foi vítima de conspiração, complô e \n atentado político. Agora, queremos que as autoridades federais proclamem\n oficialmente o assassinato de JK, para que possamos alterar de uma vez \n por todas essa página vergonhosa de nossa história".