Folha/PCS
ImprimirA diretoria da Ajufe (Associação de Juízes Federais do Brasil) decidiu na madrugada desta quinta-feira (22) convocar uma paralisação da categoria para o dia 15 de março.
A greve será referendada em votação virtual dos 2.000 associados da entidade ao longo do dia. O presidente Roberto Veloso também marcou uma assembleia extraordinária para decidir sobre uma greve por tempo indeterminado a partir de 3 de abril.
O encontro acontecerá em 23 de março, um dia depois do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que pode extinguir o auxílio-moradia. Os 28 diretores da Ajufe, além de todos os associados, terão de votar.
Em entrevista coletiva, na manhã de hoje, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira comentou a respeito do auxílio-moradia e se demonstrou a favor da revogação da lei que concede o benefício. "Eu recebi auxilio-moradia. Não recebo mais, pois me aposentei. Uma lei complementar dá direito a esse auxílio. Mas existe o aspecto da moralidade que é cobrado pela população. A única solução que vejo é a revogação dessa lei. Eu sou a favor de uma revisão dos vencimentos e entre isso, os auxílios", pontuou.
Nesta quarta (21), a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, decidiu que o plenário da corte julgará em 22 de março o auxílio-moradia pago a juízes de todo o país.
A ministra foi acusada de ter sido seletiva: mirou a Justiça Federal, mas ignorou ação sobre penduricalhos de tribunais estaduais.