A CPMI do INSS vai ouvir nesta segunda-feira, a partir das 16h, o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, que estava no cargo quando a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a operação “Sem Desconto” para combater as fraudes em descontos associativos nas contas de pensionistas e aposentados.

Poucos dias antes de pedir demissão da pasta, Lupi admitiu, em audiência na Comissão de Previdência da Câmara, que “sabia que tinha algum descontrole” na relação entre entidades associativas, como sindicatos, e segurados do INSS, mas indicou que desconhecia a dimensão do problema, revelada pelas investigações.

Presidente nacional do PDT, Lupi foi sucedido no comando do Ministério da Previdência Social pelo correligionário Wolney Queiroz.

O convite para prestar depoimento à CPMI partiu do relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).

“O ex-ministro detém informações imprescindíveis para ajudar no esclarecimento dos fatos, especialmente no que tange às medidas políticas e administrativas adotadas ou não pelo MPS, sendo seus esclarecimentos, portanto, fundamentais para aprofundar as investigações e compreender as falhas sistêmicas que permitiram a ocorrência e a perpetuação dos descontos indevidos”, diz Gaspar.