Folha Press/LD
ImprimirDuas crianças morreram na quarta-feira (17), em dois casos distintos, após terem sido esquecidas por horas dentro dos carros.
O primeiro caso aconteceu em São Bernardo do Campo, na Grande SP. O funcionário público Rodrigo Machado pegou a filha Marina, de dois anos e quatro meses, na casa da avó e, em vez de levá-la para a escola, foi direto para o trabalho.
Ao chegar na escola no fim do dia para buscar a menina, foi informado pelas funcionárias da escola que a unidade estava fechada e que a menina não estava lá. Somente neste momento ele viu a menina no carro. Segundo a polícia, ela já estava sem vida.
O pai ficou completamente abalado e passou a noite na delegacia prestando depoimento com a mãe da criança, que também estava inconsolável. Os dois não quiseram falar com a imprensa.
A família mora em São Paulo e a menina foi matriculada em São Bernardo do Campo por causa do trabalho do pai.
Outro Caso
O outro caso aconteceu em Belo Horizonte, em Minas Gerais e foi bem parecido com o que ocorreu na Grande SP. A mãe também esqueceu de levar a filha, que completaria dois anos em janeiro, para o berçário.
Segundo a polícia, Renata Ferreira trabalhou normalmente e o carro ficou cerca de cinco horas em um estacionamento descoberto. A temperatura máxima registrada na quarta-feira na cidade era de 29ºC.
Renata só se deu conta de que a filha estava no carro quando chegou ao berçário e foi informada que a filha não foi à escolinha. Segundo a polícia, normalmente o marido levava a criança até o berçário, mas ele estaria viajando e a rotina da família foi alterada.
Muito abalada, Renata teve que ser medicada e ainda não prestou depoimento à polícia.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, uma criança de dois anos morreu na última sexta-feira (12) após ter sido deixada trancada dentro de um carro de transporte escolar irregular no bairro de Jardim América.
De acordo com a Polícia Civil, um inquérito foi instaurado para investigar as circunstâncias da morte do menor e verificar se houve o crime de abandono de incapaz.
Primeiramente, a condutora do veículo, Cláudia Vidal da Silva, 33, alegou ter desmaiado ao lado da criança. Segundo esta versão, ela só recobrou a consciência quando a criança já estava morta.
A Polícia Civil ouvirá novamente Cláudia depois de descobrir que ela pode ter mentido em seu depoimento. Segundo a polícia, ela teria ido à um salão de beleza quando a criança ficou presa no carro e morreu.