Sábado, 23 de Novembro de 2024
Brasil
01/08/2013 06:56:38
Em 2º dia de protestos, médicos suspendem atividades pelo país
Apesar da greve, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que representa 53 sindicatos, orientou para que casos de urgência e emergência sejam atendidos.

G1/PCS

Imprimir
Médicos catarinenses paralisam as atividades nesta quarta-feira (31) em apoio à movimentação nacional. (Foto: Cadu Rolim)
\n \n Médicos de ao menos\n 12 estados realizam protestos pelo país nesta quarta-feira (31). Na terça-feira\n (30), a suspensão dos atendimentos nas redes pública e privada atingiu 12\n estados e o Distrito Federal.\n \n A greve é para\n marcar posição da categoria contra decisões do governo federal, como a\n contratação de profissionais estrangeiros pelo programa Mais Médicos e os vetos\n à legislação do Ato Médico, que estabelece as atribuições dos profissionais\n denbsp; medicina. Em nota, o governo disse que "lamenta" eventuais\n prejuízos causados à população.\n \n Apesar da greve, a\n Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que representa 53 sindicatos, orientou\n para que casos de urgência e emergência sejam atendidos. Os clientes de planos\n de saúde também serão afetados. É segunda vez, em um intervalo de uma semana,\n que a categoria cruza os braços em protesto contra decisões do governo federal.\n \n eja abaixo a\n situação nos estados nesta quarta-feira (31).\n \n Acre
\n Membros da diretoria do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) vistoriaram\n postos de saúde de Rio Branco na manhã desta quarta-feira (31). A iniciativa\n faz parte da mobilização nacional contra o programa “Mais Médicos” do Governo\n Federal.nbsp; Na ocasião, panfletos foram distribuídos pelos profissionais aos\n usuários e funcionários.\n \n Amazonas
\n Profissionais se concentram em frente à Maternidade Moura Tapajós, no bairro\n Compensa, Zona Oeste de Manaus, e o presidente do Sindicato dos Médicos do\n Amazonas (Simeam) participaria de uma reunião com o governador para discutir os\n protestos no estado.\n \n Bahia
\n Na capital baiana, os médicos se concentraram na praça central da Avenida\n Centenário, das 14h até por volta das 17h. No local, eles realizaram ações como\n "Feira da Saúde", em que realizam consultas públicas para a população,\n o "Varal da Vergonha", uma exposição fotográfica sobre a saúde\n brasileira, além de panfletagem e debate. Segundo uma entidade local, cerca de\n 400 profissionais participaram da mobilização\n \n Ceará
\n Um grupo de médicos fez um ato em frente ao Hospital Universitário Walter\n Cantídio, no Bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza.\n \n Espírito Santo
\n 80% dos profissionais cruzaram os braços na Grande Vitória, segundo o\n sindicato. Casos de urgência e emergência estão sendo atendidos normalmente. As\n consultas com médicos que aderiram ao movimento serão remarcadas.\n \n Goiás
\n A paralisação dos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS)\n continuou nesta quarta (31). Seguem suspensos os atendimentos de consultas,\n cirurgias e exames pré-agendados. Serviços de urgência e emergência estão\n mantidos. A greve deve terminar à meia-noite.
\n
\n Nos hospitais administrados pelo governo estadual, os profissionais que atuam\n no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital Materno Infantil (HMI),\n Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Centro de Reabilitação e\n Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e Alberto Rassi (HGG) atendem apenas\n os casos de urgência. Os eletivos foram remarcados. Nos demais, os atendimentos\n foram realizados normalmente, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
\n
\n Mato Grosso
\n Pela segunda vez, médicos do estado aderiram à paralisação. No dia 8 haverá uma\n audiência em Brasília com os parlamentares para discutir a pauta da categoria,\n disse a presidente do CRM-MT, Dalva Alves das Neves. Eles reclamam também de\n demissões de médicos em prefeituras do interior.\n \n À tarde, os\n manifestantes iriam participar de assembleia na sede do CRM-MT e fazer uma\n carreta. Ao final os manifestantes devem ser concentrar na Praça Ipiranga, onde\n ficarão disponíveis para prestar atendimento básico às pessoas que passarem\n pelo local.
\n
\n Mato Grosso do Sul
\n Médicos e estudantes de medicina realizaram um protesto na praça Ary Coelho,\n região central de Campo Grande, montando um posto de atendimento para dar\n orientações sobre a prevenção de doenças. O objetivo é chamar a atenção para a\n falta de estrutura na área da saúde.\n \n Maranhão
\n No Maranhão, o protesto também começou na terça (30). A previsão no começo da\n tarde desta quarta era de que os profissionais retomariam as atividades no\n mesmo dia.\n \n Paraná
\n Médicos de vários municípios do oeste do Paraná fazem paralisações. Em\n Cascavel, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop)\n atendeu normalmente nesta quarta. No Hospital Universitário, as consultas de\n ginecologia e ortopedia continuarão suspensas até quinta (1º). Médicos e\n estudantes protestaram também.\n \n Pernambuco
\n Os médicos fizeram um atendimento gratuito à população no Memorial da Medicina,\n com voluntários de Pediatria, Clínica Médica, Dermatologia, entre outros.\n \n Rio de Janeiro
\n Uma manifestação da categoria interditou a Avenida Presidente Antônio Carlos.
\n
\n Rio Grande do Sul
\n O movimento, que atingiu 23 cidades na terça-feira (30), se repetiu na quarta.\n Houve manifestações pela manhã no Hospital de Clínicas e na Santa Casa, em Porto\n Alegre, com participação de estudantes. Panambi e Santana do Livramento\n registram atos. No interior, também houve paralisações e cirurgias tiveram que\n ser remarcadas.\n \n Rondônia
\n Em Rondônia, cerca de 200 médicos, que estavam parados em Porto Velho desde\n terça-feira (30), decidiram suspender o protesto nesta quarta.\n \n São Paulo
\n Os médicos da Baixada Santista paralisaram as atividades e fazem manifestações.\n Segundo o Sindicato dos Médicos de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e\n Praia Grande (SINDIMED) haverá atos nas cidades e, em seguida, médicos seguem\n para a capital paulista, para participar de um ato na região central, incluindo\n Avenida Paulista.
\n
\n Santa Catarina
\n Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (Cosemesc) confirmou\n para esta quarta-feira (31) o dia de paralisação geral da categoria. Os\n serviços seguem em casos e locais de urgência e emergência, além de tratamentos\n que não possam ser interrompidos.\n \n Em Florianópolis e\n Chapecó estava marcado um enterro simbólico dos ministros da Saúde (Alexandre\n Padilha), da Educação (Aloizio Mercadante) e das Relações Exteriores (Antônio\n Patriota).
\n Em Tubarão, médicos e estudantes de medicina fizeram uma passeata pelas ruas da\n cidade. Em Joinville, Blumenau, Lages, Balneário Camboriú, Itajaí, Joaçaba,\n Canoinhas, Navegantes, Camboriú e Itapema os médicos da região também havia\n programação de manifestações.\n \n Tocantins
\n No Tocantins, os médicos resolveramnbsp; não paralisar os serviços. No\n entanto, alguns deles trabalharam vestidos de preto. Cerca de 50 profissionais\n que atuam em Palmas se reuniram nesta quarta (31), na sede do Sindicato dos\n Médicos do Tocantins (Simed), para discutir programas do governo federal e o\n sistema de saúde no estado. Os profissionais também elaboraram estratégias para\n esclarecer à sociedade as pautas de reivindicações do movimento médico.\n \n Histórico das paralisações
\n A primeira paralisação dos médicos, no dia 23 de julho, contou com a adesão de\n ao menos 16 estados, informou a Fenam.\n \n As paralisações\n fazem parte do calendário de greve estabelecido pela Fenam para registrar o\n descontentamento da categoria com as medidas adotas pelo Executivo federal sem\n o consentimento dos médicos. Conforme a entidade, “caso não haja avanços no\n movimento”, os sindicatos médicos poderão decretar greve por tempo\n indeterminado a partir de 10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade\n das paralisações relâmpago.\n \n No dia 8 de agosto\n está programada uma marcha de profissionais da medicina em Brasília. Na\n ocasião, será realizada uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso\n Nacional.\n \n Batalha judicial
\n A crise entre as entidades médicas e o governo federal acabou nos tribunais.\n Inconformados com as medidas adotadas pelo Executivo para tentar suprir a\n carência de médicos em regiões pobres, a Fenam, o Conselho Federal de Medicina\n (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) ingressaram com diferentes ações\n judiciais para tentar suspender o programa Mais Médicos.\n \n No dia 26, o\n presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo\n Lewandowski, negou pedido da AMB para suspender a medida provisória que criou o\n Mais Médicos. Segundo o magistrado, não cabe ao Supremo definir se a MP atendeu\n às exigências de relevância e urgência, como reclamavam as associações.\n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias