Sábado, 23 de Novembro de 2024
Brasil
28/08/2015 06:51:00
Em CPI, Luciano Coutinho nega interferência de Lula no BNDES
Presidente do banco de fomento também disse que não há nenhum vínculo entre os empréstimos concedidos à JBS e doações a campanhas eleitorais

Reuters/PCS

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O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, presta depoimento à CPI da Petrobras nesta quinta-feira (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

Em depoimento à CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Câmara dos Deputados, o presidente da instituição, Luciano Coutinho, afirmou nesta quinta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca interferiu nas operações realizadas pelo banco de fomento.

"Posso afirmar que o ex-presidente Lula jamais solicitou ou interferiu no BNDES a respeito de qualquer projeto específico", disse Coutinho, respondendo indagações dos deputados sobre a atuação do ex-presidente junto ao banco. A CPI foi criada para investigar os empréstimos concedidos pelo banco.

"As decisões do banco são pautadas por um processo rigorosamente impessoal, sem motivação política", garantiu. Coutinho também disse que já se reuniu com representantes da UTC Engenharia - cujo dono, Ricardo Pessoa, é um dos delatores da operação Lava Jato -, mas afirmou que o encontro contou com outros executivos e serviu para tratar do projeto do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). "Foi sobre o equacionamento do projeto e nada teve a ver com contribuições para campanha", disse.

Ainda sobre as empreiteiras envolvidas no esquema investigado pela operação Lava Jato, Coutinho afirmou que o BNDES não tem exposição a essas empresas, apenas a projetos em que elas possam ser sócias.

Segundo Coutinho, o BNDES cumpre com folga todas as regras do regulador e tem a mais baixa inadimplência do sistema financeiro nacional.

A CPI também apura a regularidade de financiamentos classificados como secretos acertados com países, como Angola e Cuba, considerados questionáveis do ponto de vista do interesse público. Coutinho explicou que não há dinheiro a fundo perdido para Cuba e que empréstimos concedidos para a construção do porto cubano de Mariel foram feitos seguindo taxas internacionais.

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