G1/LD
ImprimirA preocupação em relação ao abandono do Maracanã, que aumentou nos últimos dias com a revelação do estado lastimável do interior do estádio, ganhou um agravante na última madrugada. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) recebeu denúncias de que saques foram feitos no interior do estádio, de onde teriam sido levados diversos objetos, incluindo um busto de bronze. O Estádio Jornalista Mário Filho foi reformado e modernizado para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016. Reaberto em 2013, após quase três anos fechado, ele recebeu o investimento de R$ 1,3 bilhão do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Conforme denúncias que chegaram à entidade, teriam sido levados extintores, mangueiras, televisores e um busto de bronze. Ao lamentar o episódio, através do "Redação SporTV", o presidente Rubens Lopes cobrou a intervenção imediata do governo para impedir saques e a destruição do Maracanã, que já sofre com outros danos.
Segundo a entidade, as maçanetas das portas do estádio, que funcionam por biometria, acabam ficando abertas pela falta de energia elétrica no local, que sofre com a falta de manutenção - o Governo do Estado e a concessionária que administra a arena dizem não ter responsabilidade e colocam a culpa no Comitê Rio 2016.
Há uma reunião entre os clubes prevista para o dia 17. No entanto, Lopes considera o caso do Maracanã urgente e pede que algo seja feito antes desta data.
- Sem isso (intervenção) talvez de nada adiante a reunião com os clubes - disse.
O estádio é administrado pela Concessionária Maracanã, que pediu a rescisão do contrato que permite explorar o local. No entanto, tanto a concessionária quanto o Governo colocaram as responsabilidades pela estado de abandono atual no Comitê 2016, considerando que a entidade organizadora dos Jogos se responsabilizou em entregar o estádio da maneira como teria recebido em março do ano passado, antes das Olimpíadas.