Luma Danielle Centurion
ImprimirUm protesto de caminhoneiros esta bloqueando parcialmente a BR-163, em São Gabriel do Oeste, na manhã desta terça-feira (24), estão sendo liberados apenas carros de passeio, ônibus, cargas vivas e ambulâncias. Entre as principais reclamações dos profissionais, estão o alto preço do combustível e os baixos valores dos fretes. As reivindicações são da suspensão da vistoria de veículos acima de cinco anos e que não seja cobrado o eixo suspenso em pedágios.
O protesto faz parte das manifestações nacionais que já estão bloqueando ao menos sete estados em todo o país: GO, MG, MS, MT, PR, RS e SC. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) já está no local e ainda não há previsão para a liberação da rodovia.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que é uma das entidades que representam os caminhoneiros no país, divulgou nota dizendo que está "ciente das manifestações e bloqueios em rodovias federais e estaduais pelo país" e que "solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível".
Em Mato Grosso Sul, a PRF confirmou o bloqueio em cinco pontos. Além de São Gabriel, onde o bloqueio foi feito no quilômetro 614, a BR-163 também foi bloqueada no quilômetro 466 em Campo Grande e nos quilômetros 256 e 274 em Dourados, onde também há manifestações na BR-463 no quilômetro 07.
Dourados
Em Dourados os manifestantes informaram que vão bloquear a passagem apenas de veículos carregados com carga de grãos. Um acampamento foi montado na região conhecida como “Trevo da Bandeira”, entroncamento entre a BR-163 e BR-463, rodovias que dão acesso a todas as regiões do país.
Jorge Souza, representante do Grupo GS, é um dos líderes do manifesto. De acordo com ele, o protesto é pacífico, por tempo indeterminado e somente os caminhões com carga a granel serão parados nas rodovias. “Não queremos prejudicar as pessoas que utilizam as rodovias, queremos solidariedade e apoio dos caminhoneiros para que unamos força para lutar contra as burocracias que emperram o setor”, explica.
Segundo informações do site Dourados Agora, uma carta de protesto foi criada em Dourados pelos caminhoneiros e empresários do setor de transportes. A redução do aumento do diesel é considerada principal bandeira de luta, no entanto, eles também pedem que seja criada uma tabela mínima do valor do frete, baseada no preço do diesel. Hoje, cada empresa ou caminhoneiro autônomo dá o seu preço e transporta a carga aquele que é submetido a aceitar o menor frete.
Outras reivindicações da categoria são a redução da alíquota do ICMS do diesel no Estado, de 17% para 12%. A diminuição do preço do pedágio nas rodovias brasileiras também é outra reivindicação, bem como a sanção da lei 4246/12, que altera regras da jornada de trabalho de motoristas profissionais. Basicamente, a proposta reduz períodos de descanso e aumenta as prorrogações das horas trabalhadas atualmente. A atual lei, segundo a categoria, estaria onerando as empresas e prejudicando os caminhoneiros que são obrigados a levar mais tempo para entregar a carga.
*Matéria editada para acréscimo de informações