Agência Brasil/PCS
ImprimirO ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, espera que até o final deste ano mais um trecho da BR-163 esteja concluído, facilitando o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso para exportação. Em entrevista a jornalistas em Alta Floresta (MT), onde participou do Encontro Regional da Agricultura, ele disse que espera a conclusão de 60 quilômetros neste período.
“A BR-163 tinha, no programa original, o prazo desse ano, ficar concluído 100% do asfaltamento, mas acho que não será possível. Falta um horizonte de 120 quilômetros. Liberamos uns 60 quilômetros, esse ano, deixando 60 quilômetros em estrada de terra. É perfeitamente possível deixar isso em condições de trafegabilidade, estrutura perfeita, com manutenção. Daria tranquilidade muito grande para os exportadores dessa região”, diz.
De acordo com o Ministério dos Transportes, a Rodovia BR-163/MT é a principal via de escoamento da produção agrícola produzida no estado de Mato Grosso. As obras de duplicação deste segmento têm a finalidade de adequar a rodovia ao tráfego de caminhões pesados, aumentando a segurança e diminuindo significativamente o tempo de viagem neste corredor. O investimento total estimado é de R$ 920 milhões, dividido em três lotes de obras.
A BR 163 integra o país desde o Paraná, passando por Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará.
Empregos na agricultura
O minitro também comemorou o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta semana. A agropecuária teve o melhor saldo (diferença entre admissões e demissões) entre os setores econômicos, com 36.827 novos postos. Além da agricultura, apenas a administração pública teve saldo positivo, de 704 novos postos. Os demais setores tiveram mais demissões.
A agropecuária tem atraído cada vez mais jovens, segundo ressaltou, Maggi. “O agronegócio é vitrine e tem chamado atenção dos mais jovens, não apenas pelo lucro, mas pela tecnologia”, diz. “Se [o agronegócio] era feio no passado, não é mais”, acrescenta.
Outra questão ressaltada pelo ministro foi a previsão de que o Brasil seja reconhecido como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em 2023, como já ocorre com Santa Catarina. “Isso trará uma mudança muito grande para o Brasil na questão do mercado internacional”, diz. “A partir do momento que o Brasil estiver livre, o mundo se abre. Podemos começar a exportar carne com osso, produtos que não fazemos hoje. É de interesse do governo brasileiro, da pecuária, da sociedade”.
Os Estados Unidos suspenderam a importação de carne fresca brasileira. Segundo o ministério, os problemas comunicados pelo governo norte-americano podem ser decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que causaria as inflamações detectadas. O governo investiga os casos para verificar se o problema encontrado decorre da fabricação da vacina ou da aplicação.