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ImprimirO nível de água do Sistema Cantareira subiu de 18,6%, no sábado (28), para 18,7% neste domingo (29), segundo boletim diário divulgado pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). É o sexto dia seguido que não chove nos reservatórios, que também recebem água de rios e abastecem 5,6 milhões de pessoas na Região Metropolitana.
Entre os cinco demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo, um sofreu queda, e quatro ficaram estáveis.
Considerando a nova medição adotada neste mês, que inclui os volumes mortos na capacidade total do sistema, o nível do Cantareira subiu de 14,4% para 14,5%. Mesmo sem ter registrado chuva, foi a 23ª alta seguida do sistema.
Apesar das elevações, a situação ainda é delicada. Há um ano, o nível estava em 14% do volume útil e ainda não contava com os dois volumes mortos adicionados em maio e outubro.
A chuva que caiu nos últimos meses conseguiu recuperar apenas a segunda cota do volume morto. Para cobrir a primeira cota do volume morto, o sistema precisa chegar a 29,2%, ou seja, 0% do volume útil.
Novo método
A Sabesp passou a divulgar desde terça-feira (17) duas formas de medição do nível de água armazenado no Sistema Cantareira.
A publicação do novo gráfico foi feita após recomendação do Ministério Público (MP), que pediu mais detalhes da situação do manancial com o uso de duas cotas do volume morto desde 2014.
Até então, a Sabesp não inseria no cálculo a quantidade de litros acrescentada pelas reservas técnicas (182,5 bilhões de litros do volume morto 1 e 105 bilhões de litros do volume morto 2) autorizadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
A conta para chegar ao índice do nível do reservatório só considerava o volume útil do sistema, que é de 982 bilhões de litros.
Para dar "mais transparência às informações", segundo nota oficial, a Sabesp apresentará também um gráfico considerando o volume útil e o volume morto, especificando o volume total do sistema para cada situação.
A companhia informou, por meio da assessoria de imprensa, que apesar da divulgação de dois gráficos, o índice oficial para série histórica será o mesmo de antes e que o volume de água disponível para a população não sofreu alteração. As duas formas de medição podem ser encontradas na página na internet da Sabesp.
Queda no nº de clientes
Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas, mas hoje produz água para 5,6 milhões de clientes na Grande São Paulo.
O sistema conseguiu recuperar apenas uma quantidade de água equivalente a segunda cota do volume morto. O sistema teve um corte de 56% na vazão em relação a fevereiro de 2014. A quantidade de água fornecida passou de 31,77 mil litros por segundo para 14,03 mil litros/segundo.
Já o Guarapiranga aumentou a vazão de 13,77 mil litros por segundo para 14,9 litros/segundo, e se tornou o maior reservatório de São Paulo.