Sábado, 23 de Novembro de 2024
Brasil
10/09/2012 09:00:00
No dia que lei entra em vigor, caminhoneiros prometem paralisação em todo país
Amanhã, quando entra em vigor a lei que regulamenta a profissão dos caminhoneiros, a categoria fará um protesto nacional contra a legislação que, segundo os próprios motoristas, não oferece condições de ser aplicada de forma satisfatória.

CGNews/LD

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\n \n Amanhã,\n quando entra em vigor a lei que regulamenta a profissão dos caminhoneiros, a\n categoria fará um protesto nacional contra a legislação que, segundo os\n próprios motoristas, não oferece condições de ser aplicada de forma satisfatória.\n \n A\n expectativa é que grande parte dos caminhoneiros participe da paralisação em\n todo país, de acordo com o relações públicas do Sindicargas MS (Sindicato dos\n Trabalhadores em Transporte de Cargas do Estado de Mato Grosso do Sul), Roberto\n Sinai.\n \n A lei 12.619\n determina o tempo limite de horas trabalhadas e promete multar o motorista que\n descumprir a legislação.\n \n Pela nova\n lei, a carga máxima de trabalho passa a ser 8 horas, sendo permitido até 2\n horas extras, o que somaria 10 horas de serviço no máximo. Além da carga\n horária de trabalho, a legislação obriga que a cada 4 horas na estrada, o\n motorista descanse 30 minutos.\n \n “Nós somos a\n favor da lei, mas contra a aplicação da medida, já que na prática ela não prevê\n formas satisfatórias de resolver o problema”, explica Sinai.\n \n Segundo\n Sinai, a lei valoriza o motorista, mas não possibilita aos caminhoneiros\n cumpri-lá. “Onde o caminhoneiro vai parar? Nos postos de gasolina, que são\n propriedades particulares, os motoristas que consomem no posto, que são clientes\n do local, acabam tendo prioridade para estacionar no pátio. Além disso, esses\n lugares não têm estrutura”, destacou Roberto.\n \n Muitos\n motoristas, segundo Sinai, começam a se arriscar nas estradas, estacionando nas\n rodovias e se expondo a situações de perigo por falta de local apropriado. “O\n Estado não pensou que para cumprir a lei temos que ter condições para isso”.\n \n O chefe do\n núcleo de acidentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Antônio Santana, diz\n que Governo e a categoria estão em negociação.\n \n Ele explica\n que até definição federal a fiscalização será realizada normalmente nos postos\n da PRF, mas que deve ser intensificada em operações, que ainda não tem data.\n \n “O efetivo é\n um problema nosso e de outras categorias, mas existindo a lei vamos cumprir da\n melhor forma e fazer as fiscalizações”.\n \n Ele ainda\n destaca que a lei deve provocar a queda no número de acidentes, já que muitos\n são causados por causa do cansaço dos motoristas.\n \n \n \n \n
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