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ImprimirO novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, publicou neste sábado em sua página no Facebook um texto para agradecer os cumprimentos que recebeu pela nomeação ao cargo. O nome do professor de Ética e Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) foi anunciado na noite de sexta-feira pela Presidência da República e sua posse está programada para 6 de abril.
Depois de fazer os agradecimentos e contar um pouco sobre o convite para assumir o cargo, Renato Janine disse que ainda precisa estudar a situação do ministério antes de falar sobre a pasta. Entre 2004 e 2008, ele foi diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes) do MEC. Nos nos anos 90, foi membro do conselho deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Afora isso, não tem nenhuma experiência administrativa.
Renato Janine pede no post a compreensão de todos, "especialmente dos jornalistas": "Não tenho como, neste momento, dar entrevistas sobre as questões do MEC. Tomarei posse no dia 6 de abril e depois disso terei o prazer, e cumprirei o dever, de dar todas as entrevistas que forem necessárias. Só peço compreensão para a necessidade de estudar os dossiês antes de entrar em detalhes sobre eles. Afinal, como pode alguém ir para a Educação se não começar estudando?".
Segundo relata o professor da USP na mensagem postada, ele recebeu na última quinta-feira uma ligação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, convidando-o a ir a Brasília para ver a possibilidade de ocupar o cargo no MEC. "Aceitei. Cancelei alguns compromissos - um deles seria participar da performance, longa mas que deve ser fascinante, da Marina Abramovic no Sesc", escreveu o novo ministro no Facebook.
Renato Janine Ribeiro disse que foi recebido por Mercadante e pela presidente Dilma, com quem teve uma longa conversa. "Depois, fui ao MEC, onde o secretário executivo, que permanecerá, me fez um briefing inicial de um dos ministérios maiores, mais complexos e mais ricos da Esplanada", emenda, lembrando que são 50 milhões de alunos e 2 milhões de professores. "É o Brasil que está lá - subindo a ladeira", escreveu. O filósofo declarou ainda esperar que a educação "constitua um dos pontos que permitam unir o país, gente de um lado ou de outro, mas que sabe que sem educar não se avança".